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SC tem 103 municípios infestados pelo Aedes aegypti; confira

Em Santa Catarina, 103 municípios são considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti segundo o último boletim da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), divulgado nesta quinta-feira (1º). O número representa um aumento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2019, quando 94 municípios estavam nessa condição.

Os dados consideram o período entre 29 de dezembro de 2019 e 26 de setembro de 2020. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

O boletim contou ainda com um aumento de 18,6% no número de focos do mosquito em Santa Catarina. Em 2020, foram identificados 27.768 focos de Aedes aegypti em 191 municípios. No mesmo período do ano anterior, foram 23.412 em 182 cidades.

Confira as 103 cidades infestadas no Estado:

Municípios infestados pelo Aedes aegypti em Santa Catarina – Foto: Divulgação/Dive

Epidemia de dengue

No período de 29 de dezembro de 2019 a 26 de setembro de 2020, também foram notificados 21.633 casos de dengue em Santa Catarina.

Desses, 11.272 (52%) foram confirmados, 474 (2%) inconclusivos, 9.714 (45%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e 173 (1%) estão sob investigação pelos municípios.

Do total de casos confirmados até o momento, 10.840 casos são autóctones (transmissão dentro do estado), 174 casos são importados (transmissão fora do estado), 139 casos são indeterminados pois não foi possível definir o LPI (Local Provável de Infecção) e 119 casos estão em investigação de LPI.

Em 2020, foram confirmados 95 casos de dengue com sinais de alarme, residentes nos municípios de Joinville (93), Florianópolis (1) e Itajaí (1), e um caso de dengue grave no município de Balneário Camboriú, sendo que todos evoluíram para cura.

Atualmente, Santa Catarina possui 11 municípios considerados em situação de epidemia. O município de Joinville apresenta o maior número de casos autóctones (8.680) no Estado, o que representa 80,1% do total no ano de 2020, e a taxa de incidência é de 1.470 casos por 100 mil habitantes.

Além de Joinville, os municípios com epidemia de dengue são: Águas de Chapecó, Bombinhas, Caibi, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Maravilha, Navegantes, São Carlos, São Miguel do Oeste e Tijucas.

A caracterização de epidemia ocorre pela relação entre o número de casos confirmados e de habitantes. A OMS (Organização Mundial da Saúde) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de incidência é maior do que 300 casos de dengue por 100 mil habitantes.

Na comparação com o mesmo período de 2019, quando foram notificados 6.739 casos, observa-se um aumento de 221% na notificação de casos em 2020 (21.633 casos notificados).

Em relação aos casos confirmados em 2020, até o momento foram 11.272 confirmações no Estado, sendo que no mesmo período em 2019 haviam sido confirmados 1.900 casos.

Em comparação aos anos com registro de epidemias de dengue em Santa Catarina, o número de casos em 2020 é superior ao registrado no ano de 2015 (3.619), 2016 (4.379) e 2019 (1.911).

Febre de chikungunya

Ainda conforme o último boletim da Dive, até o dia 26 de setembro deste ano foram notificados 574 casos de febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, quatro (1%) foram confirmados pelo critério laboratorial, 475 (82%) foram descartados e 95 (17%) permanecem como suspeitos.

Em comparação com o mesmo período de 2019, quando foram notificados 590 casos de febre de chikungunya, observa-se uma diminuição de 3% na notificação de casos em 2020 (574 casos notificados).

Em 2020, até o momento, foram confirmados quatro casos no Estado, no mesmo período, em 2019, haviam sido confirmados 35 casos.

Zika vírus

Já para o Zika vírus, no período de 2020 foram notificados 195 casos em Santa Catarina. Desses, 166 (85%) foram descartados, 16 (8%) foram inconclusivos e 13 (7%) permanecem como suspeitos

Em comparação com o mesmo período de 2019, quando foram notificados 171 casos, observa-se um aumento de 14% na notificação de casos em 2020 (195 casos notificados).

Veja o mapa que ilustra a infestação do Aedes aegypti no Estado:

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

  • evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
  • guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
  • mantenha lixeiras tampadas;
  • deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
  • plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
  • trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
  • mantenha ralos fechados e desentupidos;
  • lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
  • retire a água acumulada em lajes;
  • dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
  • mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
  • evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
  • denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
  • caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para o atendimento.