MINEIRO: O TERCEIRO PREFEITO QUE NÃO DISPUTA A REELEIÇÃO
Depois que o prefeito de Maracajá, Arlindo “Lale” Rocha (sem partido), e o prefeito de Turvo, Tiago Zilli (MDB), haviam anunciado que não iriam disputar a reeleição, nesta terça-feira (23), foi a vez do prefeito de Balneário Arroio do Silva, Juscelino da Silva Guimarães, o Mineiro (PSDB), anunciar que não irá disputar as eleições deste ano. Disse que irá cumprir seu mandato até dia 31/12/2020, que foca agora em entregar um governo enxuto.
Curiosamente, o anúncio veio logo após uma boa notícia, a que Mineiro esperava, a de que estava liberado o Programa Avançar Cidades. Será o maior volume de recursos de uma só vez para o município.
Mineiro começou a deixar de ser candidato em 2018, quando a Câmara de Vereadores rejeitou o projeto do prefeito para contratar o Avançar Cidades. Naquele momento, o paço municipal tinha minoria no Poder Legislativo. Recompôs a maioria em 2019 e conseguiu aprovar o mesmo projeto.
O problema é que demorou muito a sair esta liberação. Se tivesse liberado antes, 2019 teria sido um ano de realização de obras, como não foi, acabou ficando para 2020, ano eleitoral.
MOTIVOS DA DESISTÊNCIA
Mineiro se emocionou, chorou diversas vezes durante a entrevista coletiva que concedeu aos veículos de comunicação regional, que aconteceu no gabinete do prefeito na manhã desta terça-feira.
A família pediu que Mineiro desistisse porque, tanto eles quantos os funcionários das empresas da família, estavam sofrendo com as críticas pesadas sofridas durante o mandato.
O prefeito fez um balanço com uma série de ações e obras que realizou na gestão, mas claro que as obras da avenidas Getúlio Vargas e da Beira Mar Norte serão as maiores. Deverão ser licitadas em breve, são R$ 5 milhões.
Em outro momento, Mineiro fez alusão ao ginásio de Esportes que está no chão. “Ao menos não deixei obras para cair na cabeça de ninguém”, numa alusão ao problema do ginásio dos Golfinhos.
Há ainda um outro recurso aprovado de R$ 5 milhões do Programa Finisa, que deverá ficar para o próximo governo executar.
BASTIDORES DE ARARANGUÁ
Em Araranguá, após o anúncio de que Primo Júnior (PL) de que não iria disputar as eleições deste ano, o quadro eleitoral muda. O vice-prefeito que liderou boa parte das pesquisas eleitorais, deixou agora como nome para a disputa o vereador Igor Gomes (PL).
As costuras para formação de uma aliança apartada do atual governo de Mariano Mazzuco Neto (PP), deve colocar numa mesma aliança César Cesa (MDB), o PSD, o PL e o Republicanos. Destes partidos deve sair o vice na chapa.
Outra frente tem Ricardo Ghellere (PRTB), com PSC, Avante e Democratas, com possibilidades de ter o PSDB. Destes partidos deve sair o vice.
Há ainda uma outra frente de esquerda que pode juntar PDT, PT, Psol e PCB, com Anísio Premoli candidato a prefeito e um vice do PT.
O governo pode ter uma chapa com Mariano/Daniel (PP), com apoio do Podemos. Caso o PDT e o PT fiquem na chapa do PP, aí PSOL e PCB indicariam uma quarta chapa.
SITUAÇÃO X OPOSIÇÃO
Em resumo, hoje, está assim, 4 frentes: PP e Podemos; PDT, PT, Psol e PCB; MDB, PSD, PL e Republicanos; PRTB, PSC, DEM, Avante e PSDB.
Este seria o cenário ideal para o governo, com a oposição dividida em 3 frentes, porque facilitaria o projeto de reeleição de Mazzuco ou a indicação de seu sucessor.
O melhor cenário para os partidos que não estão no governo, seria a unidade de uma única chapa que poderia ter até 11 partidos.
NOVAS DATAS DA ELEIÇÃO
O Senado aprovou a mudança das eleições deste ano para 15 de Novembro (1º turno) e 29 de Novembro (2º turno).
Além disso, entre 31 de Agosto e 16 de Setembro, podem ser feitas as convenções para escolha dos candidatos pelos partidos e a formação das coligações.
O registro de candidaturas tem mais 10 dias, e pode ser feito até 26 de Setembro. Depois desta data inicia a propaganda eleitoral, inclusive na Internet.
Depende agora da Câmara Federal a confirmação das datas aprovadas pelo Senado Federal.
PROCESSOS ARQUIVADOS
O ex-prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini (PSL), entrou com uma ação contra os vereadores Dionei de Souza Teixeira, o Moranguinho (PSDB), e Márcio Macan (PDT), por causa de falas deles na tribuna da Câmara de Vereadores.
Moranguinho, porque havia dito que era secretário de Obras quando membros do governo lhe cobravam que ele fosse “o espelho da Administração”, fazendo alusão aos resultados da CPI dos Remédios, cujo relatório aponta indícios de irregularidades.
Scaini entrou com ação em que pedia danos morais aos vereadores, mas o juiz Rafael Steffen da Luz Fontes, da 3ª Vara Cível, indeferiu o pedido e mandou arquivar os processos.
O magistrado entendeu que ambos atuaram dentro do limite, que trem direito à imunidade parlamentar, que está prevista a “inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município”.
