HÁ 28 DIAS ATRÁS O QUADRO ERA ESTE
Na entrevista coletiva do dia 20 de Março, fiz esta pergunta ao Governo do Estado, em nome do Jornal Enfoque Popular, Post TV, de Araranguá:
O Hospital Regional de Araranguá pode virar de referência para atendimento? Esta medida será padrão no estado?
Foi antes mesmo de o Governo falar sobre a questão.
A resposta naquele momento, do secretário Helton, foi de que o Estado iria avaliar, mas que em princípio, no radar, estariam os hospitais públicos, pertencentes ao patrimônio do Estado.
DEFINIU, MAS VOLTOU ATRÁS
Foi dia 31 de Março, em nova coletiva à imprensa, que o secretário anunciou a lista de hospitais públicos, entre eles o Regional de Araranguá, seria um dos hospitais de referência exclusiva para coronavírus.
O Instituto Maria Schmitt (IMAS) se organizou, se preparou, reservou mais 20 leitos para transformar em UTI, claro com investimentos do Governo do Estado.
NÃO DECIDEM, MAS…
Uma articulação de bastidores tratou de barrar esta exclusividade porque o Hospital Dom Joaquim receberia pacientes covid-19, e recursos, e os demais hospitais privados da Amesc não. Ficaram com receio da sobrecarga.
Diante da falta de coesão, o Governo do Estado voltou atrás. Prefeitos da Amesc encaminharam ofício à Secretaria da Saúde pedindo que viessem leitos. O HRA tem pelo menos 6 leitos previamente preparados para esta etapa que terá 10 novos leitos.
O colegiado de Secretários (CIR) até tirou nota dizendo que não era contra, mas já era tarde.
CONTRAPONTO
A movimentação de bastidores trazida pela coluna foi fruto de conversa entre médicos e diretores do Hospital Regional de Araranguá.
Um dos profissionais comentou que não procedia a informação desta coluna sobre a falta de estrutura do HRA.
Disse que equipe o HRA tinha como receber os leitos. Que precisavam apenas ser feitas as contratações conforme a abertura dos leitos. Disse ainda que só mesmo intensivistas precisariam ser chamados, porque médicos e as demais equipes já estariam prontas.
A grosso modo, são necessários 12 profissionais por turno de 24 anos.
HRA NA LIVE
“Iniciamos conversa em Araranguá para mais leitos, mas há uma dificuldade operacional para os atendimentos que já são realizados, então estamos buscando outro hospital”, disse o Secretário de Saúde Helton de Souza Zeferino na live desta sábado (18).
DOM JOAQUIM RECEBE R$ 1 MILHÃO
A deputada federal Geovania de Sá (PSDB) esteve na sexta-feira (17), no Hospital Dom Joaquim, de Sombrio, que atende Balneário Gaivota e de Santa Rosa do Sul, para acertar a entrega da verba de R$ 1 milhão, recurso de emenda parlamentar de 2019.
O valor deverá ser empregado na manutenção dos serviços e na conclusão da implantação de 10 leitos de UTI no HDJ.
MAIS R$ 1 MILHÃO DO MOTA
O presidente do Instituto Maria Schmitt (IMAS), Ricardo Ghellere, disse à coluna que este valor se junta a outra verba de R$ 1 milhão de uma emenda impositiva do ex deputado estadual Manoel Mota (MDB), verba de 2018.
Com isto, o Hospital Dom Joaquim tem agora R$ 2 milhões que podem ser investidos em custeio e implantação de 10 leitos de UTI.
FOI O RESCALDO
O então deputado Mota desistiu da disputa depois de ter ocupado cadeira na Alesc por 7 mandatos consecutivos (dois deles depois de ficar como suplente).
Um dos motivos para ter ficado fora da disputa foi que o então governador Eduardo Moreira (MDB) não conseguiu confirmar verbas que tinham sido prometidas, como o recurso de R$ 500 mil para apoiar a implantação do curso de medicina na UFSC, por exemplo.
SUCESSOR DO BAILÃO
Depois que a coluna colocou que a família do ex vereador Luiz Djalma Marcelino, o Luiz do Bailão (PDT), estaria dividida porque seu filho, Júnior Bailão, se filiou ao PRTB, do pré-candidato a prefeito Ricardo Ghellere (PRTB).
O próprio Júnior fez contato com a coluna e disse que a informação não procede: “Eu sim, sou pré-candidato e em comum acordo com toda a família, pois nunca estivemos divididos. Fiquei surpreso com está colocação”.
