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As costuras das eleições de Araranguá; e outros pitacos;

ELEIÇÃO MACRO, INTERFERE NA MICRO

Enquanto nas cidades de maior porte o noticiário ferve por causa das costuras para as eleições deste ano, na região da Amesc, o processo eleitoral ainda tem poucas definições segue um tanto quanto adormecida.

Em compensação, não para a movimentação nos bastidores de cidades como Criciúma, Chapecó e Florianópolis. Isto porque, especialmente em Santa Catarina, haverá um ‘cabo-de-guerra’ entre a ala do presidente-capitão Jair Bolsonaro (sem partido) e do governador-comandante Carlos Moisés (PSL).

A Aliança pelo Brasil (APB) tem até 4 de Abril para existir de fato para o TSE e poder participar das eleições. Se não conseguir, que é o mais provável no momento, fará acordos com outros partidos – menos o PSL de Luciano Bivar, para abrigar candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador.

 

ALIANÇA BARRIGA-VERDE

Em Santa Catarina, os Bolsonaro fizeram aliança com o senador Jorginho Mello (PL), que ‘emprestou o partido’ para esta operação, que não se sabe se será ou não compreendida pelo eleitorado.

Não por acaso, Jorginho foi eleito senador porque venceu o terceiro colocado, Lucas Esmeraldino (PSL), com menos de 1% de diferença de votos. E detalhe, estava na aliança com o MDB, que virou aliado de ‘primeira hora’ do governador Moisés.

Mello enxergou uma janela de oportunidades, atirou em 2020, mas mirou mesmo em 2022. Vai aguardar o resultados das urnas para definir se fica com o PL ou segue para a Aliança e se cacifa para ser o candidato de Bolsonaro (em Santa Catarina) em sua candidatura à reeleição.

As costuras nacionais e estaduais devem sim interferir nas conjunturas locais. Vencer eleições de prefeito podem catapultar ou fazer ruir projetos majoritários.

 

PSL ENFRAQUECIDO?

Em Araranguá, por exemplo, onde o pré-candidato Ricardo Ghellere (PSL), é ferrenho defensor de Jair Bolsonaro, mas está indicado como nome do governador Moisés.

Nas eleições, caso confirme sua candidatura até 5 de Agosto, terá que escolher seu caminho, afinal, a estrada a trilhar não é mais a mesma.

Candidato pelo PSL, Ghellere terá em seu palanque ao todo 3 deputados: um deputado federal, Fábio Schiochett, e dois estaduais, Coronel Modelin e Ricardo Alba, todos do PSL.

 

PL FORTALECIDO?

Já os bolsonaristas, irão indicar a candidatura do vice-prefeito Primo Júnior (PL), por causa do acordo com Jorginho Mello (PL).

No palanque político de Júnior, portanto, podem estar até 11 deputados. Além dos 4 deputados do PL (Berlanda, Escudlark, Machado e Naatz), deverão estar ainda 3 deputados federais do PSL, Coronel Armando, Caroline de Toni e Daniel Freitas; e 4 estaduais do PSL, Ana Campagnolo, Jessé Lopes, Felipe Estêvão e Sargento Lima.

 

JANELA QUE ABRE

Na região do Vale do Araranguá, ao que tudo indica, os partidos irão aguardar a abertura da janela de transferências, que acontece entre 5 de março e 3 de Abril, que permite que os detentores de mandato mudar de partido para trocar de sigla sem risco ao mandato.

Em Araranguá, a troca é iminente para 5 vereadores: Igor Gomes (PV para o PL); Luciano Pires (PSB para o Podemos); Jorginho (MDB para PDT); Neno Fontoura (Cidadania para o PDT); e João Abílio (Republicanos para o PP).

Outros 3 vereadores avaliam trocar de sigla: Diego Pires (PDT para o Podemos); Tano Costa(PP para o PSD); Vidrinho (PL para o MDB).

No atual momento, pelo menos 7 vereadores devem permanecer nos mesmos partidos.

 

OUTRAS POSSIBILIDADES

Dos 15 vereadores atuais, Daniel Viriato Afonso (PP), já anunciou que não irá disputar cadeira. Pode subir para a chapa majoritária (cabeça-de-chapa ou vice). A hipótese que a coluna já trouxe é da Daniel candidato a prefeito ou então vice de Mariano Mazzuco (PP) em uma chapa-pura.

Outros vereadores são cogitados para majoritária: Luciano Pires; Igor Gomes; Tano Costa; e Jair Anastácio.

O prazo para inscrição de novos partidos, mudança de domicilio eleitoral termina dia 4 de abril, mas a eleição de fato inicia dia 5 de agosto, quando fecham as coligações.

O diferencial é que nestas eleições não há coligação proporcional. Alguns partidos terão dificuldades em ter chapa de vereadores.

 

REPUBLICANOS DIVIDIDO

O ambiente do Republicanos de Araranguá está dividido em duas alas. Uma de oposição, que quer distância do prefeito Mariano Mazzuco Neto (PP), liderada pelo presidente Maureci Rodrigues. Outra de situação, do vereador João Abílio Pereira e que agora tem dois secretários, nomeados na sexta-feira (21), Weliton Pereira (Secretaria de Obras) e Douglas Michels (Secretaria de Agricultura).

O fato é que a indicação de dois diretores aliados como secretários já aponta para as eleições de Outubro. Ambos irão migrar para o Progressistas. Já o vereador Pereira, deverá migrar para o Progressistas.

 

A ALA DA IGREJA

O Republicanos também tem ligação com a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e ao presidente estadual deputado estadual Sérgio Motta.

Isto também deve ser uma das causas da iminente saída do deputado federal Hélio Costa, que está com a ida acertada para o Podemos.

Márcio Honório, que foi candidato pelo PL e PRB duas vezes, desta vez não será o candidato indicado pela Igreja Universal do Reino de Deus. Outro nome está sendo trabalhado para ser o candidato, mas Honório será candidato. O Podemos fez sondagem para saber se ele quer mudar de partido.