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Dengue cresce 600% no Brasil

Números assustadores mostram que a doença continua crescendo; na região da Amesc, municípios estão infestados pelo mosquito transmissor

O boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, dia 11, pelo Ministério da Saúde trouxe notícias preocupantes. Segundo o relatório, o Brasil registrou quase 1,4 milhão de casos de dengue de janeiro até 24 de agosto de 2019. O crescimento foi de quase 600% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o país tinha confirmado 205.791 casos da doença.

Segundo o Governo Federal, a dengue já causou 591 mortes em 2019 e já existem outros 486 casos de morte em investigação. Durante este mesmo período de 2018, a doença tinha causado 160 mortes no país. Os estados com maior número de infecção por dengue são Minas Gerais e São Paulo, os dois mais populosos do Brasil. Porém, 14 estados são classificados como infestados pelo mosquito Aedes Aegypit, transmissor da doença. O boletim epidemiológico informou ainda que o país registou 110.627 casos de chikungunya contra 76.742 confirmações da doença no mesmo período do ano passado. Já foram confirmadas 57 mortes causadas pela doença no Brasil neste ano.

Combate na região

A dengue também causa preocupação em Santa Catarina. Segundo o último relatório divulgado pela Dive de Santa Catarina, o Aedes Aegypti está presente em 182 municípios catarinenses. São mais de 22.474 focos identificados entre 30 de dezembro de 2018 a 24 de agosto de 2019. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram mapeados 11.928 focos em 152 municípios, o total de notificações cresceu mais de 80%. Na região da Amesc, Passo de Torres e Araranguá são os municípios considerados infestados, embora tenham sido encontrados focos também em outras cidades.

Trabalhos de conscientização são costumeiramente desenvolvidos nos municípios através das secretarias de saúde e vigilância epidemiológica e sanitária. Porém, a população não tem se empenhado em acabar com locais onde o Aedes Aegypit possa se reproduzir. Desde tampas de garrafas, até pneus, lixo deixado em terrenos baldios e piscinas, podem se tornar viveiros para o mosquito transmissor.