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Risoto para construção da sede própria da Asesc

A Associação dos Surdos do Extremo Sul Catarinense (Asesc) promove no próximo dia 15 de Setembro mais uma edição do Risoto Beneficente.

Em sua oitava edição, o evento deste ano tem um ingrediente especial. Ele visa angariar fundos para a construção da sede própria da entidade e ainda custear outras atividades realizadas para os associados.

O valor de cada ingresso é de R$ 20,00 por pessoa com direito ao sorteio de brindes e prêmios atrativos, todos arrecadados na sociedade civil pela equipe de trabalho que organiza o evento. Da mesma forma, os ingredientes usados no risoto estão todos sendo conseguidos graças a sensibilidade da sociedade com a causa dos surdos.

Mais uma vez, o Risoto Beneficente deste ano acontece no Salão Comunitário do bairro Vila São José. Crianças com idades entre 6 e 10 anos de idade pagam apenas meia entrada.

Bingo tem diversos prêmios

Além do tradicional risoto, quem adquirir o ingresso poderá participar com sua cartela do bingo promovido logo após o almoço.

Em ordem crescente, o terceiro prêmio será de R$ 300,00 em dinheiro. A segunda rodada de maior premiação oferece ao vencedor R$ 500,00 em dinheiro. No bingo final, quem preencher a cartela terá direito à premiação de R$ 1.000,00 em dinheiro. Claro que, antes das finais, também haverá rodadas extras com prêmios menores.

A expectativa, segundo o presidente Rodolfo Pirola (que é surdo, e, foi acompanhado na entrevista por uma intérprete), é de que o público compareça e participe do risoto de 2019.

Todos os esforços pela sede própria

Em entrevista concedida à Post TV e Jornal Enfoque Popular, os membros da diretoria apresentaram o local onde está sendo construída a sede própria da entidade.

Rodolfo Pirola (presidente); Diego Noronha (1º tesoureiro); Luiz Gonzaga Bosquete (Diretor Social) e Edna Mota Fernandes (2ª tesoureira); falaram à reportagem sobre o andamento do Risoto Beneficente, e dos planos da entidade para esta nova etapa. A entidade ainda conta com Rosana Marcolom (Assistente Social), que não estava presente.

De acordo com eles, há por parte da organização a expectativa de resultado financeiro importante, graças às doações da comunidade.

O valor arrecadado no 8º Risoto Beneficente será utilizado na continuidade dos trabalhos de construção do prédio da nova sede. A obra está sendo erguida no bairro Vila São José e hoje está com o alicerce concretado e ferragens de espera fixadas.  

Gonzaga e Edna contaram que o terreno foi cedido pelo Governo de Estado em forma de cessão de uso por 10 anos. Com a consolidação do uso e a finalidade apresentada no projeto executada, a cessão segue novas renovações.

Recentemente, a entidade teve uma reunião com o prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha, o Lale. Ele se comprometeu de reunir os 15 prefeitos da Amesc para tentar conseguir recursos para ajudar na conclusão do projeto da sede.

16 anos de história

A Associação dos Surdos do Extremo Sul Catarinense (ASESC), foi fundada em 13 de novembro de 2003, em Araranguá.

É uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de duração indeterminada, de caráter educacional, assistencial e sóciocultural, regida por estatuto próprio.

A ASESC é composta de surdos, familiares, pais ou responsáveis legais, professores e intérpretes, pessoas da comunidade de toda região da AMESC, desde que aprovadas pela diretoria, por terem prestado relevantes serviços à associação.

É finalidade específica da entidade, a integração da comunidade surda na escola e na sociedade, em termos de articulação de esforços, objetivos e harmonia para aquisição do espaço específico para desempenho de suas atividades afins.

                                                                                           

Asesc promove 1º curso de Libras

Como objetivo de diminuir as barreiras comunicativas entre surdos e ouvintes, a entidade está realizando, em um prédio da Prefeitura de Araranguá, no bairro Coloninha, o 1º curso de Libras Língua Brasileira de Sinais – Libras.

O curso é direcionado ao diversos públicos, ouvintes e surdos, com o desejo de aprender a língua usada pelas pessoas com surdez.

A primeira turma, das professoras Vilma de Freitas Silveira e Patrícia Bosquete Pirola, tem 23 alunos. Entre os cursandos estão membros de diversas áreas da sociedade civil organizada. Tem professor, médico, funcionário de fábrica, e até mesmo um vereador, o professor de História, Jair Anastácio, que é um destes profissionais que buscam se comunicar em Libras.

De acordo com a professora Vilma os alunos “aceitaram bem a forma de repassar o conhecimento e querem aprender, tem mesmo interesse em se comunicar com pessoas surdas”.