Ao tomar conhecimento sobre a semana mais fria do ano, Heloísa e Anderson tiveram a ideia de fazer um “Varal Solidário”
“O frio dói. Pegue um agasalho para se proteger”, diz a pequena Heloísa Perraro, que aos 10 anos, já dá um show de solidariedade. Ela e o pai, Anderson Perraro, ao ver que uma onda de frio ia chegar a Araranguá, resolveram ajudar quem passa frio e montar um varal solidário, onde aqueles que têm roupas demais podem doar a quem sofre sem agasalho.
A ideia surgiu, segundo contam os dois, quando começou a aparecer na imprensa que estes seriam os dias mais frios dos últimos anos. “E a gente ficou pensando nessas pessoas que não tem um abrigo, ficam andando nas ruas, no frio, sem uma roupa para se proteger. Então, a ideia não é nossa, nós vimos em outros lugares. Só adotamos”, conta o pai.
A feira começou na última segunda-feira e, segundo Anderson, a aceitação tem sido muito boa. “As pessoas tem trazido roupas, é só vir e deixar aqui no varal. Quem não tem roupa, vem aqui e pega uma peça que precisa e quem tem demais no guarda-roupa, é só deixar aqui”, explica.
Ele ainda relata que chegou a distribuir 12 acolchoados no primeiro dia de varal, e que muita gente tem doado meias, roupas de criança e cobertores. A solidariedade tem ajudado muita gente e, para André, aquecer os que precisam é só uma questão de querer. “É só tomar iniciativa e fazer. Já tínhamos e espaço e temos tudo para ajudar as outras pessoas que precisam, que passam frio à noite, e que às vezes vem até aqui trocar suas peças por uma roupinha melhor”, revela.
O varal permanece instalado na Avenida XV de Novembro, 1993, ao lado da delegacia, no Centro da cidade, e quem quiser doar ou conhece quem precisa de um bom casaco, basta se dirigir ao local. “O lixo de alguém pode ser o luxo de outro alguém”, conclui.