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O DILEMA DA BARRA VELHA; CACAIO ASSUME PP; O LAVA MÃOS DOS PARTIDOS; E OUTROS PITACOS

RINCÃO QUER ANEXAR BARRA VELHA

O prefeito de Balneário Rincão, Jairo Custódio (MDB) irá tratar esta semana com o prefeito Mariano Mazzuco (Progressistas) de pedir a anexação da Barra Velha ao seu município. O território pertence 60% ao Balneário Rincão e 40% a Araranguá.

No final de seu segundo mandato (2001 a 2004), o então prefeito Primo Menegalli (PSDB) mandou para a Câmara de Vereadores uma alteração da Lei Orgânica para autorizar a anexação a Içara, porque o Rincão à época era ainda distrito do outro município.

Agora emancipado, o Rincão quer voltar ao tema. E tem bons argumentos para isto. A distância de Araranguá é muito grande, o que dificulta o atendimento por parte das máquinas da Cidade das Avenidas, assim como no caso da Saúde e demais necessidades. De fato, os moradores de lá, já fazem parte da rotina do Rincão e do comércio içarense. O eleitorado, possivelmente 100% já não seja de Araranguá.

17 ANOS SE PASSARAM

O então G-9, formado por 9 vereadores de PP, PT, PDT e PPS, acabou, sob fortes protestos, barrando a anexação. A sessão (em 16/12/2002), que decidiu o tema foi marcada pela vinda de vários ônibus lotados de moradores da Barra Velha, ânimos

O então presidente da Câmara de Vereadores,  Rodrigo Turatti (então no PDT), decidiu acatar os pareceres das comissões em não aprovar a desanexação do território da Barra Velha ao município de Içara. Alguns dos atuais vereadores estavam naquela sessão.

Apesar de haver bons argumentos naquela ocasião, como a questão da posse da Lagoa Mãe Luzia, perda de Fundo de Participação dos Municípios, 17 anos se passaram e pouca coisa mudou para aquela comunidade que “continua esquecida pela cidade-mãe”.

É preciso reavaliar com calma, porque, diante da falta de perspectiva de uma ponte para ligar Araranguá ao Distrito de Hercílio Luz, se a desanexação hoje não é mesmo a melhor saída.

 Rodrigo Turatti 

FORÇA DA MÁQUINA ATRAI PARA O GOVERNO

Em 2014, o PSDB fazia parte do governo de Santa Catarina, quando disputavam a reeleição Raimundo Colombo (PSD) e Eduardo Moreira (MDB). Naquela ocasião, o Partido Progressista, que não ocupava cargos e dava apoio ao governo na Assembleia Legislativa, também aceitou seu quinhão e foi ocupar cargos. Valmir Comin (PP) representou o Sul do Estado na Secretaria de Assistência Social.

Ambos os partidos decidiram bancar uma chapa para disputar o Governo do Estado, com Paulo Bauer (PSDB) a governador, Joares Ponticelli (PP) de vice e Paulinho Bornhausen (PSB) para o Senado. Acabaram todos derrotados, Raimundo e Eduardo foram reeleitos no primeiro turno e Dário Berger (MDB) elegeu-se senador.

QUAL FOI O ERRO FATAL?

O erro custou a não ida para o segundo turno. O PSDB e o PP não exigiram de seus filiados a entrega dos cargos comissionados. Muitos tucanos, que estavam no governo, acabaram não fazendo campanha para Bauer. O, PP também não era identificado como oposição e muitos prefeitos do partido acabaram apoiando Colombo.

FICAR OU SE AFASTAR?

Em Araranguá, dois partidos ensaiam cometer o mesmo erro. PL (Partido Liberal) e PRB (Republicanos). Os comissionados do PL acenam com a possibilidade de ficar nos cargos apesar de a Executiva colocar os cargos à disposição do prefeito Mariano.

O que é dito nos bastidores do partido é que quem escolher ficar, deverá deixar o PL, pedir a desfiliação.

O cargo de Rosane Teixeira na direção da Universidade Aberta do Brasil – UAB, deverá entrar nesta balança. Apesar de o partido não tê-lo colocado na cota de indicações, o eleitor não irá entender o partido fora do governo e o vereador indicando cargo, caso o partido decida bancar um projeto para 2020 contra o atual governo.

QUEREM LAVAR AS MÃOS?

O mesmo acontece com caso do PRB (Republicanos), que alega não participar do governo, mesmo com seus filiados participando.

A conta vem depois nas eleições. O eleitor enxerga PRB como um partido que apoia o prefeito Mariano Mazzuco Neto (Progressistas), tem o vereador Pereira como vice-presidente e que vota junto com a base na Câmara de Vereadores.

Depende do momento que o governo viver no período, o bônus ou ônus fica com quem estiver junto.

Além do mais, Pereira (que foi do DEM e PSD, ante do PRB), e Douglas Michels (que era do PP), tem convite para ir para o Progressistas.

Parafraseando Pôncius Pilatos, que lavou as mãos para “não ter o sangue de Jesus Cristo em suas mãos”, os partidos tendem a tirar de si a responsabilidade que é deles, o de definir a posição de seus filiados.

 

CACAIO NO COMANDO

O ex-prefeito de Maracajá, Antônio Carlos “Cacaio” de Oliveira (Progressistas) é o novo presidente do partido no município. Por acordo, Garajuva será o vice-presidente, Dirleu o segundo vice-presidente e Guilherme Tomasi “Tatinha” Rocha (Progressistas) fica de líder da bancada.

O mandato da atual presidente do Progressistas, Gisele da Silva Garcia Dal Pont, encerra e nos próximos dias Cacaio assume.

O vereador Valmir “Mica” Pedro (Progressistas) não foi convidado, está isolado, mas, segundo Cacaio será procurado para tentar trazê-lo para o grupo.

 Antônio Carlos “Cacaio” de Oliveira

ARESTAS A APARAR

Guilherme Tomasi “Tatinha” Rocha (Progressistas) era o único vereador presente no lançamento da 28ª Festa do Colono de Maracajá, que aconteceu dia 20 de junho. Não escondeu seu descontentamento de não ter sido chamado para compor a mesa de autoridades.

O relacionamento com o prefeito Arlindo “Lale” Tocha (PSDB) não é dos melhores desde que ele e Valmir “Mica” Pedro (Progressistas) apoiaram a chapa de Alacide Rocha (MDB) para comandar a Casa Legislativa.

POR QUE NÃO ANTES?

O vereador em exercício Fernando Espíndula (PC do B), atual presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Araranguá, está se valendo do posto para cobrar do paço municipal medidas que deveriam ter sido realizadas por causa da cobrança do Sindicato.

Há associados questionando o por que o Sindma não ter conseguido implementar a Cipa (Comissão Interna de Prevenção aos Acidentes) antes do acidente que vitimou o servidor Passarinho, morte após levar um choque elétrico.

NO AGUARDO DO TSE

“Não estamos autorizados a usar o nome Republicanos ainda. O correto é só PRB. Será até o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e o Jurídico da Nacional do PRB liberarem o uso do nome”, informou Emerson Teixeira, Assessor Parlamentar do deputado federal Hélio Costa (PRB).