Search

Moradores reclamam de rua intransitável

Segundo secretário, muitas parcerias estão sendo fechadas para resolver definitivamente os problemas com ruas esburacadas

Os moradores da Avenida Capitão Pedro Fernandes, no Bairro Nova Divinéia, em Araranguá, já não aguentam mais tantos buracos. A manutenção na rua é inexistente, sendo que há mato crescendo entre as pedras, sem contar que, quando chove, o local fica intransitável. Quem vem acompanhando a situação há anos é o morador Hamilton Pessetti. Em frente ao portão da casa dele há uma verdadeira cratera, que já foi preenchida por pedras e aprofundada pela água da chuva inúmeras vezes.

O caminho entre sua casa e a Prefeitura já é comum para ele, que pede uma solução ao poder público. “Moro naquela rua há alguns anos, e é uma via de pedras irregulares, que são levadas pela água sempre que chove. Tem problema na tubulação, já quebrou calçada, já paguei gente para consertar… A Prefeitura nem vir limpar e capinar a rua vem”, reclama.

Ele ainda relembra de momentos em que não conseguia sair de casa por causa do buraco que se abriu na rua. “Caminhão já caiu ali dentro, é um caos e é praticamente sempre. Nunca ninguém fez nada”, diz.

Tentando cobrar alguma ação da prefeitura, Hemerson fez um abaixo-assinado com os vizinhos, juntando cerca de 70 assinaturas, imaginando que conseguiria, assim, fazer a administração entender que a obra é necessária. No entanto, nada mudou. “Falei com o prefeito, que disse que ia dar um jeito. Um ano depois, voltei lá e ele perguntou se tinham resolvido: não tinha feito nada, nem limpar a rua eles foram. Uma falta de consideração”, completa.

De acordo com Hamilton, a prefeitura entrou, então, como uma proposta para que os moradores ajudassem a custear a revitalização da rua, ideia que foi aceita, já que ninguém consegue mais transitar pelo local e, a cada chuva que cai, a situação piora. Mesmo assim, ainda não houve qualquer mudança. “Eles não se mexem, é só conversa. Com essa chuvarada que deu, a rua se encheu de buracos. Uma máquina foi até lá, mas assim que chover, vai arrancar todo aquele material. Não dá para transitar nem a pé”, comenta.

Ainda de acordo com Hamilton, nenhum departamento da Prefeitura deixou de ser visitado e cada passo orientado pelos funcionários, foi seguido. Porém, o direito de ter uma rua transitável para os habitantes, não está sendo respeitado. “A gente paga imposto, água, taxa de lixo, e até ajudamos a pagar a obra, e mesmo assim eles não dão atenção. A gente se sente lesado, de certa forma. Quem colocou eles lá, foi o povo, nós temos direito”, conclui.

Prefeitura responde

Procuramos a prefeitura de Araranguá para comentar as denúncias dos moradores, e, segundo o secretário de Obras, pode ser que os problemas sejam resolvidos em breve. De acordo com Guilherme Perucchi, que assumiu a pasta a menos de 15 dias, os trabalhos agora estão concentrados em ainda sanar os prejuízos causados pelas chuvas que caíram com força no começo de junho. “Ainda não pude fazer uma vistoria, mas estamos levantando, vendo o que está acontecendo para colocar em nosso planejamento e atender a esse pedido”, garantiu.

Sobre a possibilidade da Prefeitura e moradores arcarem juntos com os custos das obras, Perucchi relata que muitas parcerias do tipo estão sendo fechadas no município, e explica o processo até que a questão seja resolvida. “Temos feito muitas parcerias com os moradores, e nesse caso, teria que mandar à nossa equipe de engenharia o projeto da avenida, com drenagem, para que possamos fazer um orçamento, apresentar a moradores e prefeito e fechar a parceria”, diz, acrescentando que o foco é trabalhar para evitar que os problemas se repitam. “Nossa ideia é buscar uma solução definitiva, com um investimento mais alto, mas que resolva o problema e que a cada chuva, tenhamos que voltar, fazer patrolamento… Queremos uma solução definitiva”.

Ainda de acordo com o secretário, muitas obras estão em andamento no município, todas as máquinas e equipes estão na rua, e as empresas terceirizadas também estão trabalhando.