Marcos mantém, com colaboradores, a horta em pleno crescimento, cheia de variedade, saúde e consciência ambiental
Tempero verde, chuchu, alface em diferentes tipos, couve, repolho, tomate… A variedade é grande e o volume de trabalho também. A terra tem cheiro de vida, o adubo é orgânico e, até parece que estamos em um sítio pequeno em algum lugar do interior. Pouca gente sabe, essa horta fica nas dependências do Hospital Regional de Araranguá.
Nesta ‘Semana Verde’ em que se comemora a Semana do Meio Ambiente, iniciativas como esta merecem ser divulgadas.
Buscando produzir alimentos com qualidade e ainda evitar agredir o meio ambiente, Marcos André Fernandes, analista ambiental na entidade, assumiu o cargo no início do ano e, quando viu o espaço, não pensou em outra coisa. “Quando assumimos, em janeiro, a horta já estava abandonada, o mato tomando conta. Ela existia antes, mas com as trocas de gestão e falta de gente especializada, não havia o cuidado necessário. Quando cheguei, foi a primeira coisa que fiz”, relata.
Todos os alimentos produzidos no espaço de 1.125 metros quadrados da horta são orgânicos, e os restos e cascas de outros produtos servem como compostagem para as plantas. “Preparamos essa compostagem em caixas, com fermentação com cipilho e grama. Demora de 4 a 6 meses para ficar pronto e podermos utilizar. Tivemos bastante trabalho, já que só temos um funcionário por dia para cuidar e eu também venho quando posso, mas hoje está tudo funcionando”, celebra.
A chuva prejudicou verduras já plantadas na horta, mas a equipe já retornou ao trabalho assim que o sol apareceu para retomar o plantio e continuar produzindo alimentos para funcionários e pacientes do hospital.
Segundo Marcos, a iniciativa precisa ser valorizada, pois ajuda na produção de alimentos saudáveis e é mais uma forma de preservar a natureza. “Do meu ponto de vista é extremamente importante. Às vezes os pacientes e até alguns funcionários desconhecem a origem dos produtos, mas já estamos passando uma integração a todos os colaboradores e as pessoas estão vindo visitar a horta”, conta.
Ver os canteiros coloridos e as verduras prontas para a colheita, deixam Marcos e seus colaboradores satisfeitos, mas de acordo com ele, nada se compara com o momento do consumo, quando ele vê colegas e pacientes se alimentando de hortaliças plantadas em um espaço ali mesmo, no hospital. “É uma satisfação quando chegamos ao refeitório, vermos o alface, o repolho, e sabemos que é tudo trabalho suado nosso, recurso nosso, das nossas mãos. Tudo o que a gente faz tem que ser com satisfação, amor e carinho. Estou e sempre estarei em cima da horta, enquanto estiver aqui, vou continuar com o projeto pois sei a importância dele para nós”, revela.
Questionado sobre sua contribuição para o meio ambiente e em como uma simples horta pode fazer diferença na vida das pessoas e do planeta, ele alega que não importa o tamanho da atitude, e sim que ela aconteça de fato. “Tudo o que podemos fazer para ajudar o meio ambiente e trazer a comida para os pratos, nós faremos”, completa.
