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Memorial expõe belos mantos de Nossa Senhora

“É emocionante”. As palavras são de Marnie Costa Teixeira, festeira de Nossa Senhora Mãe dos Homens e quem conseguiu concluir um projeto que outras festeiras começaram: de resgatar os mantos já usados pela imagem. Tudo, incluindo brincos, coroas, terços e outras lembranças, está guardado em um memorial na central pastoral do santuário, e em cada renda, lantejoula ou pedra brilhante, há uma história. “Cada um tem um significado, eu me arrepio. Para mim que já estou nisso há 10 anos, é uma emoção muito grande. Ali tem relatos de cura através da intercessão de Maria”, conta Marnie.

O memorial foi aberto ao público nesta quarta-feira, e segundo a festeira, quem entrou no local, se emocionou com o que viu. “Teve gente que chorou, se emocionou, relatou milagres, se arrepiou”, revela.

Dentre as mais de 30 peças, algumas se destacam através de detalhes, um bordado diferente, ou acabamento único. Mesmo assim, Marnie tem seu preferido, que se destaca não só por sua beleza, mas por seu significado. “O que mais me emocionou foi o de 2017, quando participamos da troca do vestido, do cerimonial de banho da imagem, e para mim, foi um momento de cura”, conta, relembrando um momento de graça alcançada, quando uma ameaça de tumor não se concretizou. “Aquilo, para mim, já é uma graça. Enquanto eu tiver perna, vou trabalhar”, completa.

A própria Marnie está na lista para doar um manto, e deve esperar ainda por um bom tempo. A lista de espera é longa, e quem entrar hoje, só deve conseguir doar daqui a 20 ou 30 anos. A fé das famílias é tamanha, que nem o tempo ameaça anuviar o desejo de agradecer ou pedir uma graça à santa através do ato de doar a bela peça azul-marinho que cobre a imagem.

O manto mais antigo é de 1955, tendo outro de 1963, e junto com os mais novos, a soma chega a 32. Antigamente, após a troca, o doador ficava com o manto que havia doado. Agora, a peça deve ficar no memorial. Dentre os mantos que não estão na exposição, pelos menos dois foram perdidos através do tempo, o que deixa a coleção incompleta. “Nós pedimos que as pessoas que têm manto em caso, que se sintam tocados e tragam essa peça para colocarmos no memorial. A história ficará ali, para que filhos e netos vejam a colaboração de fé que a pessoa deu”, conclui.

FONTE: JORNAL ENFOQUE POPULAR

FOTO: ALINE BAUER