Search

Vítima de feminicídio é sepultada em Araranguá

Mal começou 2019 e já há registro de feminicídio na região sul do estado. Na madrugada deste domingo, 20, Rosane Apolinário Dahmer, 42 anos, foi estrangulada pelo marido, José Vanderlei dos Santos Dahmer, de 54 anos. Os dois e um filho moravam em Forquilhinha. O crime aconteceu no retorno dela de uma viagem a São Paulo, e após a morte, José abandonou o corpo em um matagal, às margens da SC-446. Rosane foi sepultada no Cemitério Jardim da Paz, em Araranguá, nesta segunda-feira. Ao ser pego pela polícia, José confessou o crime e alegou que os dois estavam em processo de separação.

O delegado da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, DPCAMI, Henrique Gonçalves, falou à reportagem da Post sobre o assunto, e explicou o que difere feminicídio de um homicídio comum. “O que diferencia é justamente quando o homem comete o crime contra a mulher pela condição pessoal dela de ser mulher, pelo gênero feminino. Quando apuramos o caso e vemos que essa foi a motivação, fazemos a aplicação da lei Maria da Penha, por que este é um caso de feminicídio”, diz.

Assim que a polícia fica sabendo do feminicídio, é instaurado um inquérito, e a vítima é ouvida(quando é caso de tentativa) e encaminhada ao Instituto Médico Legal para exames. No caso de feminicídio consumado, o corpo é examinado no IML. Além disso, é procurado o motivo do crime e mais provas para condenação do autor. Dependendo das circunstâncias do crime, há mais ou menos agravantes para a pena. Denúncias podem ser feitas pelo 181 ou em qualquer delegacia de polícia. José Vanderlei, que matou a esposa em Forquilhinha, está no Presídio Regional de Criciúma.

A entrevista completa com o delegado Henrique deve sair esta semana nas páginas do Enfoque Popular e no programa Post Notícias.