Um culto ecumênico, uma rápida entrevista à imprensa, o ato de posse e um batismo. Isso resume a tarde desta terça-feira (1º) do governador Carlos Moisés. Ele tomou posse ontem do cargo de governador do Estado e, junto com sua vice, Daniela Reinehr, passa a responder pelo Executivo catarinense. Durante os dois meses que separaram a eleição da posse, Moisés fez uma espécie de intensivão sobre todos os assuntos que dizem respeito à gestão pública do Estado de Santa Catarina.
Na conversa com jornalistas, o governador reafirmou que tem no enxugamento da máquina pública e no combate à corrupção suas prioridades, uma vez que espera tirar dessas duas medidas os recursos necessários para investir em infraestrutura, por exemplo. Segundo Moisés, o setor pode trazer aumento de receita como retorno, pelas melhores condições de giro da economia.
Moisés e Daniela foram recebidos pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dirceu Dreveck (PP), e tiveram também a companhia do agora ex-governador Eduardo Pinho Moreira, que não se manifestou neste momento. Logo depois da coletiva, todos foram para o plenário da Casa, onde Moreira se despediu do cargo, afirmando que entregava uma Santa Catarina melhor do que a que recebeu. Citou a redução da criminalidade, a melhoria no sistema de Saúde e a redução do déficit público como exemplos. E desejou sorte a seu sucessor.
Este, por sua vez, logo depois do juramento, fez um discurso em que repetiu suas prioridades e foi além. “No Poder Executivo, com as mudanças na gestão propostas para os próximos quatro anos, a eficiência na entrega dos serviços será nossa bandeira. Queremos, de fato, ser ágeis nos processos, fazer mais com menos, entregar os serviços no tamanho e qualidade que são esperados pela população ante a expectativa gerada sobre o governo Moisés/Daniela”, afirmou.
Ao falar dos desafios que terá que enfrentar, enumerou alguns: “Há uma previdência a ser equacionada, uma folha de pagamento para ser ajustada e uma receita que precisa voltar a crescer sem significar novos tributos. É preciso não apenas gastar menos, mas também gastar melhor aquilo que se arrecada. Nunca a criatividade do catarinense foi tão necessária. E nunca o comprometimento de todos os nossos representantes foi tão essencial”.
Encerrado o ato de posse, Moisés e Daniela foram cumprimentados por políticos e autoridades presentes, além de representantes do setor produtivo, como o presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, e o presidente da Fecomércio-SC, Bruno Breithaupt, ambos otimistas com o novo momento do estado e do país.
Ao sair do Palácio Barriga Verde, Moisés, bombeiro militar da reserva, foi recebido por policiais e bombeiros perfilados. E passou pelo tradicional batismo, desta vez não como bombeiro recém-incorporado, mas como governador.
Por Andréa Leonora
CNR-SC/ADI-SC/SCPortais