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Saúde avalia ações do ano na região

Com a chegada do último mês do ano, muita gente começa a fazer um balanço de como foram os últimos 12 meses e isso se repete em muitos órgãos. Na Gerência Regional de Saúde, por exemplo, os balanços já indicaram o que se prévia: 2018 foi um ano cheio de percalços para o setor. Segundo a gerente regional de Sáude da Agência Regional de Desenvolvimento de Araranguá, Patrícia Paladini, o que complicou mais o trabalho foram as questões hospitalares, já que o ano começou com o Hospital Regional fechado, além de outros problemas ocorrendo em decorrência disso. “Todos os anos são difíceis para a Saúde, é um sistema complicado, quando se lida com pessoas em momento que precisam de cuidado. É complexo. Tivemos muitos momentos delicados durante o ano, e a questão hospitalar foi um desses pontos”, explica, Patrícia, que ainda acrescenta que “O HRA começou o ano com muitas dificuldades, o fim de 2017 foi muito caótico, devido, talvez, a uma falta de fiscalização do contrato do antigo administrador, a SPDM, e isso transformou a saúde de toda a região em um caos, porque o Regional é o hospital de maior referência. Os outros hospitais conseguiram dar um certo equilíbrio na região, mas enfrentando muitas dificuldades”.

Assim que o Ideas realizou o contrato emergencial com o estado, ainda em janeiro de 2018, conseguiu melhorar muita coisa e reerguer um hospital que não tinha, se quer, mantimentos básicos. O contrato veio a se romper depois, mas segundo Patrícia, o reconhecimento do trabalho feito pelo é inegável.

Mas o setor hospitalar também proporcionou boas notícias para a gerência, como, por exemplo, a contratualização do Hospital Dom Joaquim de Sombrio. “O HDJ, por muito tempo, tentou se reerguer, e hoje vemos um grande avanço. Podemos dizer que está se tornando referência para a região inteira, vemos tranquilidade e transparência na administração. Isso reflete em outros municípios também porque os gestores têm acesso aos serviços do hospital”, comenta.

Manter a pasta em ordem é um desafio, já que a saúde é um setor que enfrenta graves problemas com a crise econômica que assola o país. Mas Patrícia acredita que há, sim, maneiras criativas e ingredientes certos para uma gestão que ofereça qualidade nos serviços. “Eu sempre digo que o trabalho deve ser feito com transparência e competência, porque isso faz com que as pessoas consigam ajudar. A partir do momento em que todos conhecem os problemas, os profissionais, a população, a região poderá colaborando para melhorar”, opina.

Também neste ano houve um olhar mais atencioso da secretaria estadual, na pessoa do secretário Acélio Casagrande, para a regionalização da saúde, despertando e investindo na vocação de cada instituição. Esta e outras atitudes ajudaram a fazer mutirões de exames e cirurgias, o que auxiliou a diminuir muito as filas de espera. “Sempre em nossas reuniões, relatamos a importância de continuarmos com as cirurgias eletivas de campanha, que desde que começaram, já diminuímos muito as demandas reprimidas. Hoje se espera de 3 a 4 meses, e se aguardava até dois anos. Isso foi um grande avanço”, explica Patrícia, reforçando que, para continuar o trabalho, é necessário dar as mãos com outras empresas e instituições. “O que precisamos agora é fazer com que nossos parceiros de cirurgias eletivas consigam ofertar um maior número de procedimentos em especialidades onde ainda temos grandes filas de espera. Ainda temos uma demanda para atender em outros setores, como na ortopedia e otorrinolaringologista, além de outras. Precisamos estimular nossos gestores hospitalares para que esses serviços comecem a ser mais oferecidos”, defende.

Um dos pontos mais animadores desta nova realidade da saúde na região está a inauguração da Policlínica, a primeira no estado que realiza diferentes procedimentos em um único espaço. Para Patrícia, o local ajuda a melhorar o nível da saúde oferecida na região. “Além dos procedimentos cirúrgicos, temos problemas a nível ambulatorial, onde existem pessoas aguardando para algumas consultas, e dependendo do caso há algum encaminhamento, e esse nível precisa ser revisto. Com a inauguração na Policlínica, já conseguimos ampliar este acesso para a região, e a intensão do governo é exatamente essa, para que o paciente seja atendido até antes de ter que passar por um procedimento mais sério”, ressalta.

De acordo com a avaliação da gerência, o ano teve grandes dificuldades, mas ajudou a modificar situações que preocupavam a gestão. No entanto, ainda há muitos trabalhos a serem concluídos, muitas metas a cumprir, e para isso, se espera um 2019 com mais parcerias e atenção à saúde do extremo-sul.

Por: Aline Bauer0 – Jornal Enfoque Popular