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Entre trapalhadas e hipocrisias: quem paga o prejuízo do setores de eventos e turismo?

Carlos Moisés da Silva (sem partido) já tem problemas demais para administrar e não precisava de mais esta trapalhada em tempos de pandemia.

O que a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina fez com o governador foi botá-lo, mais uma vez, no “olho do furacão” por causa de falha grave de comunicação da pasta de seus comandados.

O setor de eventos e turismo já não morre de amores pelo govenador!

Primeiro, porque as medidas de restrição praticamente colocaram abaixo o setor (não estou aqui questionando o uso delas, mas as consequências). Muita gente que trabalhava na cadeia de eventos e turismo teve que abandonar suas profissões e mudar de segmento para poder sobreviver. A bem da verdade, boa parte deste profissionais acabaram se encontrando em outra atividade e sequer voltam para a atividade que exercia antes da proibição de eventos.

No momento que Santa Catarina parecia ter tomado novos rumos, com vacinação alta da população, redução esmagadora de casos de internações, vida praticamente voltando a normalidade, a Secretaria da Saúde faz uma trapalhada e confunde os gestores públicos e privados.

A nota, como confessou o secretário André Motta Ribeiro, não era uma mudança de regramento, mas apenas a junção de três portarias. Faltou explicar antes! A comunicação falhou, e, horas depois de divulgada a nova nota, a informação se espalhou como pólvora.

Falha grave

O secretário tentou explicar no mesmo dia da nota, depois passou quinta-feira (2) se explicando. Sequer a nova variante do coronavírus havia sido cogitada, o que mostra que era realmente uma forma equivocada de dizer o mesmo. Ainda mais, em um momento sensível.

Dias após o Estado liberar a população do uso de máscaras em ambientes externos, vem este “presente de grego”, bem no mês em que só seriam bem vindos presentes de Natal.

O fato é que muitos gestores por insegurança, acabaram definindo por não realizar os tais “protocolos seguros” e muitos eventos foram adiados ou cancelados.

E dá-lhe hipocrisia

O patrulhamento está grande e muitos acabam fazendo o que o ‘politicamente correto’ diz para fazer. No entanto, basta uma olhadinha para o lado, sem flashes e luzes, que as máscaras caem.

Os mesmos que cobram protocolos seguros, são os que vão a lugares lotados de gente e não estão nem aí.

Teve evento nacional aqui na região Sul em que só os profissionais que trabalharam estavam de máscara em meio a uma multidão que se esqueceu do coronavírus.

Teve diversas reuniões políticas (e terão outras tantas) em que não será cobrado qualquer tipo de protocolo.

Vamos parar com a hipocrisia!

Exemplos arrastam

O maior exemplo vem da Casa da Agronômica. A foto do governador Moisés junto aos jogadores do Avaí após a conquista da vaga para a Série A do Brasileiro de futebol, está aí.

As eleições estão às portas e Moisés quer disputar a reeleição, muitos de seus secretários também querem ajudar o governador. Que tal começar a não atrapalhar? Já seria um bom caminho para o ano que vem.

Enquanto isto, no andar de baixo, das pessoas comuns, apenas o desejo de trabalhar, levar o pão para a mesa das famílias.

Governador. Deixe o povo trabalhar! Ou então, “fique em casa” em 2022.