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SANTA CATARINA INTENSIFICA AÇÕES PARA SALVAR O SETOR LEITEIRO E GARANTIR COMPETITIVIDADE EM 2025

Secretaria da Agricultura reúne lideranças, parlamentares e entidades para discutir custos, impacto das importações e soluções que fortaleçam os mais de 24 mil produtores do estado

A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape) promoveu, na última quinta-feira (4), uma reunião estratégica para avaliar o atual cenário socioeconômico do setor leiteiro e traçar ações para fortalecer a competitividade da cadeia produtiva em Santa Catarina. O encontro contou com a presença de lideranças do segmento, parlamentares e representantes da Epagri e Cidasc.

O estado, que é o 4º maior produtor de leite do país, registrou 3,3 bilhões de litros produzidos em 2024 — cerca de 9% de toda a produção nacional. Ao todo, Santa Catarina reúne mais de 24,5 mil produtores, que têm enfrentado desafios relacionados ao custo de produção, rentabilidade, produtividade e impactos das importações no preço pago ao produtor.

Durante a reunião, foram apresentados os programas do Governo do Estado, que já destinam mais de R$ 216,3 milhões em apoio direto à cadeia leiteira somente neste ano. Entre as ações, estão incentivos financeiros, suspensão de benefícios à importação de derivados e novas estratégias para ampliar o consumo de leite no mercado interno.

O secretário de Estado da Agricultura, Carlos Chiodini, destacou que a prioridade é agregar valor e construir alternativas viáveis para o setor.
“Estamos em um trabalho intenso com o setor produtivo e lideranças na busca de soluções para conquistarmos um melhor momento para esse mercado. O Governo do Estado está fazendo a sua parte com políticas públicas e ouvindo a cadeia leiteira”, afirmou.

Chiodini também participou, nesta semana, de uma reunião no Ministério da Agricultura (Mapa), em Brasília, reforçando a articulação nacional em defesa dos produtores.

Dados do IBGE mostram que a captação de leite no Brasil alcançou 13 bilhões de litros no primeiro semestre de 2025 — o maior volume da última década. Entretanto, estudos da Epagri apontam que o consumo médio das famílias ainda é baixo, chegando a apenas 5 litros entre leite fluido e derivados.

Entre os programas em execução, o Leite Bom SC destina R$ 150 milhões para financiamentos e subsídios via FDR e outros R$ 150 milhões em incentivos tributários à indústria catarinense. Segundo a Secretaria da Fazenda, a suspensão de benefícios para importação já reduziu em quase 75% o volume de leite e derivados trazidos de fora do país no primeiro semestre deste ano.

A cadeia leiteira também segue fortalecida pelo Programa Terra Boa, que busca melhorias nas pastagens e aumento da produtividade, além de rígidos controles de inspeção e rastreabilidade aplicados à produção catarinense.