O Criciúma não conquistou o acesso à Série A. Faltou apenas um ponto. O time, que dependia apenas de si e precisava só de um empate para subir, viu o sonho escapar pelas próprias falhas. A trajetória na competição foi de extremos: começou mal, figurando como vice-lanterna, mas após a troca de técnico houve uma mudança clara de postura e o Tigre retomou a competitividade, entrando de vez na briga pelo retorno à elite.
O jogo
No duelo decisivo contra o Cuiabá, parecia que tudo caminharia para um desfecho feliz mas ficou só na impressão. Aos 24 minutos, o lateral Felipinho cometeu uma falta desnecessária e recebeu o segundo cartão amarelo apenas cinco minutos depois do primeiro. Expulsão justa. A partir dali, o semblante do time mudou. A dificuldade de jogar com um a menos ficou evidente. Sempre digo: com 11 contra 11 já é complicado marcar um gol e vencer uma partida; com um jogador a menos, então, o desafio se torna ainda maior.

O Cuiabá dominou o primeiro tempo, embora sem levar muito perigo ao goleiro Alisson. Na volta do intervalo, o Tigre ainda estava garantindo o acesso graças aos resultados paralelos. Mas aos 12 minutos, o cuiabano David Miguel acertou um chute raro, de extrema felicidade: bola no ângulo, indefensável. Ali, até o torcedor mais otimista sentiu o golpe. Além de ter um jogador a menos, o Criciúma agora estava perdendo e assim terminou. Derrota por 1 a 0 e o gosto amargo do “era só empatar”.
A verdade é que o empate também poderia ter vindo em outros momentos: como no jogo em casa contra o então rebaixado Paysandu. O que fica agora é o inevitável “E se…?”. O futebol surpreende, mas também cobra caro os erros que poderiam ter sido evitados.
E agora?
O Criciúma já pensa em 2026. Algumas renovações estão encaminhadas, como a do zagueiro Rodrigo, um dos líderes do elenco desde que chegou. O técnico Eduardo Baptista também permanece. Vale lembrar que, nos últimos anos, o treinador quando comandava o Novorizontino terminou em 5º lugar tanto em 2023 quanto em 2024. Má sorte? Incompetência? Talvez apenas coincidência. O torcedor espera que em 2026 esse tabu finalmente seja quebrado.
O clube, porém, não deve fazer grandes investimentos para buscar o acesso no próximo ano, já que ficou de fora de uma importante fonte de receita: a Copa do Brasil. Agora, resta aguardar os próximos capítulos. A temporada terminou, e o Tigre volta a campo apenas em janeiro de 2026, pelo Campeonato Catarinense.





