No quadro “Fala Mais”, nesta quinta-feira, dia 13/11, Morgana Daniel abordou um tema crucial para comunicadores e líderes: o sotaque em discursos e pronunciamentos. A pergunta central foi se o sotaque, em um contexto de comunicação amplo, ajuda a criar conexões ou atrapalhar a compreensão.
O Sotaque é um Fator Dependente
Morgana iniciou a discussão afirmando que a resposta é: depende. A disponibilidade e a eficácia do sotaque independente diretamente do público receptor :
Público Regionalizado (Ajuda): Se uma liderança nordestina fala para um público nordestino, por exemplo, o sotaque e os jargões regionais não prejudicam; pelo contrário, criar proximidade e identificação.
Público Abrangente (Atrapalha): Se o pronunciamento é para um público geral (como em vídeos na internet ou palestras amplas), o sotaque “carregado” e os termos regionalizados (como “barbada” ou “feio é” em Araranguá) podem atrapalhar a comunicação e o entendimento.
“Se você gravar um vídeo para a internet… é muito importante você cuidar da pronúncia do S, cuidar da pronúncia do R para que as pessoas consigam compreender todas as palavras que você fala.”
Dicas para Melhorar a Compreensão
Para atingir um público maior, a comunicadora sugeriu buscar um equilíbrio na fala, com características mais padronizadas, mas não “robotizadas”:
Cadência e Tom: Falar mais devagar e aprender a ter uma cadência organizada e um tom de voz equilibrado são essenciais para que o público absorva a informação.
Neutralizar Jargões, Não a Identidade: Morgana ressaltou que cuidar do sotaque não é negar as origens. O objetivo é tornar a fala mais compreensível e acessível. Não é preciso perder totalmente a identidade (o ‘R’ carregado ou o ‘S’ chiado), mas sim evitar jargões técnicos ou termos que só sejam entendidos na região de origem.
Contexto Histórico e Internet
Morgana e a apresentadora Natália discutiram a história do jornalismo, citando o exemplo da TV Globo, que antigamente padronizava tudo (até corte de cabelo e sotaque) para seus repórteres de alcance nacional.
Motivo da Padronização: Essa prática de enviar repórteres de fala mais neutra (como os de São Paulo) para cobrir regiões de sotaque forte era justamente para garantir que o Brasil inteiro entendesse a pronúncia, e não por preconceito (xenofobia).
Abertura: Atualmente, o cenário é mais democrático , e a internet (citando influenciadores como Whindersson Nunes) tem sido a principal responsável por ampliar o entendimento e a representatividade de diferentes contextos e culturas no país.
Conclusão e Serviços
Morgana finalizou com a dica principal: a informação precisa ser repassada. Para garantir isso, o comunicador deve fazer com que seu público, especialmente o mais abrangente, entenda tudo o que está sendo enviado aqui.
Morgana Daniel se colocou à disposição em suas redes sociais (@morganadaniel) para quem busca ajuda com dicas de oratória e para neutralizar o sotaque. Entrevista completa no link: https://youtube.com/live/f5w55CvDdt0?feature=shareA






