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COMUNICAÇÃO E PODER : Os Erros Fatais em Coletivas de Imprensa

O programa Post Notícias desta quinta-feira, dia 30/10 , recebeu a especialista em comunicação e marketing político Morgana Daniel no quadro Fala Mais , para discutir um tema crucial para líderes e figuras públicas: como se portar em uma coletiva de imprensa. O tema central foi: “Coletiva de Imprensa: Se não interagirmos, melhor fugir.”

 

A Importância da Coletiva de Imprensa
Morgana Daniel destacou que a coletiva de imprensa é um mecanismo vital, não apenas para a imprensa, mas principalmente para a figura pública, pois a mídia é considerada o “Quarto Poder” no país, devido ao seu alcance e adicionais.

Vantagem Estratégica: Em um único momento, o líder ou autoridade consegue transmitir sua mensagem (positiva ou negativa) para todos os profissionais da imprensa simultaneamente, que propagam a informação para a sociedade.

Tipos de Coletiva: Pode ser programado (para anunciar uma obra, uma economia, como a devolução de dinheiro pela Câmara de Araranguá) ou de urgência/improviso (para tragédias, como o acidente de balão na Praia Grande, ou escândalos políticos).

Observação: Em situações de urgência, a liderança deve estar pronta para cumprir seu papel e lidar com o improviso, pois ao assumir uma carga de liderança, a pessoa se coloca à disposição para aguentar as consequências, incluindo os pontos negativos e a necessidade de se comunicar.

 

Os 6 Erros Mais Comuns de um Líder em Coletivas
A especialista listou os principais erros cometidos por figuras públicas que podem manchar sua imagem e anular o efeito positivo da coletiva:

É inadmissível que uma autoridade ou liderança não esteja qualificada. O preparo deve ir além do tema central, abrangendo outros assuntos que possam ser questionados, pois a figura pública está exposta. É crucial ter inteligência emocional, sabendo lidar com perguntas desconfortáveis ​​sem levar para o lado pessoal, ser grosseiro ou ficar “emburrado”.

Outro erro comum é não ser objetivo ou enrolar. Fugir da resposta direta, ser prolixo e divagar sobre o assunto atrapalha a mensagem central e frustra o jornalista. Nesses casos, se não tiver a informação, a dica é responder francamente: “Não tenho essa informação neste momento, mas vou buscá-la” e cumpra a promessa, entrando em contato com o repórter específico.

Da mesma forma, falar em excesso pode ser prejudicial. Falar demais pode levar a dizer coisas que não deveriam ser ditas ou desviar completamente do assunto, fazendo o discurso se perder. A recomendação é ser objetivo, esclarecedor e didático .

O uso de termos inadequados, principalmente jargões técnicos (médicos, jurídicos/policiais), dificulta a compreensão do jornalista, que precisa repassar a informação de forma simplificada para a sociedade. Portanto, o líder deve se preparar para falar de forma simplificada para que todos possam entender a mensagem.

Comer gafes com microfone ligado é outro erro frequente. Conversar, cochichar ou fazer comentários pessoais/brincadeiras quando o microfone ainda está ligado, especialmente ao final da coletiva, pode gerar problemas. A figura pública deve manter a concentração e postura exclusivamente na equipe, mesmo quando um colega estiver falando ou após o encerramento.

Por fim, privilegiar um repórter em detrimento de outro é um erro grave. Dar informações ou tratar alguns jornalistas de forma diferente de outros por gosto pessoal não é profissional. O líder deve tratar todos os repórteres de forma igualitária e ética, guardando questões de gosto pessoal e mantendo uma postura adequada e equilibrada perante a imprensa.

Entrevista completa no link:

https://youtube.com/live/h8f3sZZQK3Q?feature=share