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Carol diz ter estatura para ser candidata ao Senado; homenagens na Câmara; e eleições 2026

Carol detona: vai ao Senado pelo PL ou contra o PL

A entrevista da deputada federal Caroline de Toni (PL) nesta quinta-feira (23/10) a uma rádio de Xanxerê, no Oeste Catarinense, rendeu pauta em toda a mídia catarinense. Isto porque ela trouxe à tona um compromisso firmado pelo governador Jorginho Mello (PL) – que ele nega ter assumido – de que ela seria uma das candidatas ao Senado pelo Partido Liberal. Ocorre que ele teria dito isto quando tinha uma vaga disponível para oferecer em uma coligação e antes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolher Santa Catarina para o filho buscar vaga ao Senado. Até havia dado sinais quando liberou o filho 04, Jair Renan Bolsonaro (PL), para ser candidato a vereador em Camboriú em 2024. Pouca gente esperava que agora em 2025 ele iria indicar outro filho para uma vaga ao Senado por Santa Catarina. Bolsonaro recebeu a visita do governador Jorginho em sua residência em Brasília – onde cumpre prisão domiciliar, e reafirmou que quer essa vaga para o filho. O que se diz é que o Bolsonaro não deve deixar de apoiar De Toni, que pode até mudar de partido para concorrer.

 

Fator Republicanos

Portanto, se o governador Jorginho quiser Esperidião Amin (PP) na coligação terá que abrir mão de Caroline de Toni. A deputada federal não parece disposta a mudar de posição, quer ser candidata ao Senado, em princípio pelo PL, que é o seu partido atual. Porém, se até Março de 2026 ela não se consolidar como uma das candidatas ao lado de Carlos Bolsonaro – ou na hipótese de o filho do presidente mudar de ideia e escolher outro estado para ser candidato, a deputada pode trocar de partido para fazer esta disputa. Como o Republicanos é o partido considerado ‘braço do PL’ em Santa Catarina e tem como presidente Jorge Goetten, aliado de primeira ordem de Jorginho Melo, não é de se estranhar que ela (De Toni) concorra ao Senado pelo partido. Neste caso ela iria para a disputa com o Esperidião Amin pela segunda vaga da chapa do governador, já que a primeira é considerada como certa para o filho do presidente.

 

Fator União Brasil

Na verdade, nada está decidido porque o União Brasil já deixou claro que quer que Amin seja candidato na chapa de Jorge Melo para que essa aliança de fato possa ter continuidade. Por outro lado, a Federação União Progressista, se estiver na outra chapa com João Rodrigues (PSD), por exemplo, pode até reivindicar outra vaga na chapa também de vice para o União Brasil. Por isso, o governador também não quer tomar decisões neste momento. Quer empurrar o jogo para 2026. Esperidião Amin (PP) quer ficar perto do candidato do presidente Bolsonaro, porém, não há hoje garantias de que a Federação União Progressista de fato estará com o governador Jorginho.

 

Quer seguir invicto

Político experiente que é o governador – que nunca perdeu uma eleição, ‘acende uma vela’ para cada possível aliado a fim de evitar que estes fechem aliança com seus adversários. Todo esse ‘quebra-cabeça’ pode acabar tirando uma das duas vagas hoje, tidas como certas para as candidaturas de direita.

 

Passado como lição

Se o time jogar dividido podemos ter surpresas em 2026 como a que aconteceu na eleição de 2002, em que a ‘onda Lula’ levou Ideli Salvatti (PT) para o Senado e, de quebra, outro candidato que não era favorito, Leonel Pavan (ex-PSDB), a ganhar a outra cadeira. Temos casos diversos para contar sobre essas disputas que tiraram vagas de candidatos considerados favoritos. Cacildo Maldaner (MDB), Raimundo Colombo (PSD), Paulinho Bornhausen (ex-PSB), Lucas Esmeraldino (ex-PSL) e Cláudio Vignatti (ex-PT) são alguns exemplos de eleições em que tinham todas as chances de eleição, mas a construção os derrubou. Isto porque a eleição para o Senado não tem segundo turno. Ainda mais perigoso quando a eleição é para duas cadeiras como em 2026. Qualquer erro pode entregar a eleição para candidatos que nem são considerados favoritos.

 

Disputa acirrada

A deputada Caroline de Toni trouxe para o debate uma situação que pode ajudar Jorginho Mello a resolver um grande problema que tem: a falta de espaços para abrigar tantos nomes com potencial para a eleição para o Senado. Outro fator que se deve levar em consideração é que esta discussão acaba abafando outros problemas internos como a disputa de vagas para Câmara Federal e também para o Parlamento Catarinense. Com a definição do Supremo Tribunal Federal de que as mudanças na redistribuição de cadeiras no Parlamento ficam para 2030, nestas eleições as vagas por partido ou Federação acabam sendo as mesmas de2020. Cada partido ou Federação só pode colocar na disputa o número de cadeiras na Câmara Federal, 16 + 1 candidato, ou seja, só tem 17 vagas. Já na Assembleia Legislativa são 40 cadeiras + 1 um, ou seja, limite de 41 candidatos. Portanto, esses partidos que estão em alta terão muitas disputas internas a fazer. A região Sul, no caso, pode acabar sem ter o candidato do PL na região da Amesc. Isto pode levar o Republicanos a ocupar esses espaços e o partido, certamente, receberá nomes que não puderem concorrer pelo Partido Liberal.

 

Discussão sobre homenagens na Câmara expõe divergências entre vereadores

O vereador Paulinho (MDB) – presidente da Câmara de Vereadores de Araranguá, entrou no meio da entrevista que o vereador Jorge Ghiraldo (Republicanos) concedia ao comunicador Saulo Machado, para apresentar sua versão dos fatos em relação a declarações feitas pelo vereador/delegado. Em determinado momento, Paulinho afirmou que “não está na Câmara apenas para defender as pessoas de pele clara e olhos azuis”, numa alusão àquilo que considera uma perseguição de parte da sociedade aos moradores da Vila Samaria, comunidade que tem sido alvo de debate sobre o reconhecimento de sua condição quilombola. A queixa do vereador e delegado Jorge Ghiraldo sobre o excesso de homenagens na Câmara de Vereadores de Araranguá até pode fazer sentido. No entanto, o próprio vereador já realizou homenagens — uma delas pelos 70 anos do Colégio Murialdo, instituição particular que atende majoritariamente pessoas de classe social mais abastada. Também já homenageou o delegado Diego de Haro, seu chefe imediato e delegado regional.  Dessa forma, o que precisa ser discutido não é a extinção das homenagens, mas, sim uma melhor distribuição e organização dessas honrarias. Pode-se, por exemplo, aprimorar o formato das sessões, evitando apartes e limitando as falas ao vereador proponente. Ainda assim, é importante lembrar que as pessoas homenageadas se sentem lisonjeadas pela lembrança, e esse gesto simbólico tem seu valor. A discussão surge justamente no momento (por coincidência) em que o Jornal Enfoque Popular recebeu uma Moção de Reconhecimento e Aplauso pelos 15 anos de história dedicados ao jornalismo de Araranguá. Em uma década e meia de atuação, essa foi a primeira vez que o veículo recebeu tal honraria. Desde então, já se passaram cinco legislaturas — 2009/2012, 2013/2016, 2017/2020 e a atual 2021/2024. Portanto, é injusto relacionar o reconhecimento ao Enfoque Popular à polêmica recente. O que gerou incômodo, na verdade, foi o excesso de homenagens em uma única sessão, o que poderia ser resolvido com a criação de sessões específicas — como já ocorre, por exemplo, no Dia Internacional da Mulher, quando a pauta é exclusivamente dedicada ao tema, sem interferir nos trabalhos da Casa. O mesmo aconteceu na sessão itinerante em homenagem aos 100 anos do Grêmio Fronteira, que teve um objetivo único: celebrar o clube. Não há, portanto, motivo para transformar a situação em um clima de “terra arrasada”. É possível conversar de forma civilizada e encontrar um caminho para melhorar o processo. Esse tipo de discussão deveria ocorrer em reuniões internas entre os vereadores, chegando ao plenário apenas quando houver um consenso. Assim, seriam evitados os constrangimentos como os ocorridos na sessão do dia 20 de outubro.

 

Republicanos se destaca entre os partidos mais ativos na região da Amesc

Além do Partido Liberal (PL), o Republicanos tem sido a sigla que mais se movimenta politicamente na região da Amesc. O partido deve receber parte significativa dos filiados que deixam o PSDB, incluindo os prefeitos de Balneário Gaivota e Santa Rosa do Sul. Em Araranguá, o Republicanos tem promovido reuniões e buscado novas filiações, enquanto outras legendas mantêm ritmo mais discreto. O PP (Progressistas), por exemplo, reduziu as atividades após o lançamento das pré-candidaturas de Zé Milton a deputado federal e Evandro Scaini a estadual. A expectativa é que o cenário volte a ganhar força somente após março de 2026, quando se encerra a janela partidária e as candidaturas estarão mais definidas.

 

Pré-candidatos da Amesc

Entre os nomes cotados até o momento, aparecem Tiago Zilli (MDB), Evandro Scaini (PP) e Samuca (União Brasil) para deputado estadual. Também são mencionados Zé Milton (PP), Motinha (Republicanos) e Ozair Banha (PT), como possíveis pré-candidatos à Câmara Federal. Nesta semana, um partido de menor expressão também teve mudança em sua direção municipal. O Avante 70 passou a ser comandado em Araranguá pelo comunicador Cleder Maciel, que poderá colocar seu nome como pré-candidato a deputado federal. Um ato de posse está previsto para os próximos dias, com a presença da presidente estadual do partido e a apresentação da nova executiva.

 

Preconceito contra mulheres em SC

Pietra Travassos Eleita Miss Santa Catarina, que é daqui de pertinho, de Siderópolis, foi vítima de preconceito racial após e ter após ter vencido Concurso de miss Santa Catarina. A vereadora de Criciúma do PC do B, Giovana Mondardo, alega que recebeu ameaças de morte por conta da sua posição política.