A gente tem por regra se aproximar de quem pensa como a gente.
Gostamos de quem curte o que a gente curte, torce pro mesmo time, ri das mesmas coisas e enxerga o mundo do mesmo jeito.
É natural. A afinidade aproxima.
Mas, no caminho inverso, a gente também tem um impulso quase automático de se afastar de quem pensa diferente — especialmente dos que pensam fora da caixa. Talvez porque o que a gente não entende, a gente evita. Ou, quem sabe, porque é difícil acompanhar quem enxerga além do óbvio. Sei lá.
Eu sempre gostei da frase “pensar fora da caixa”. Me identifico demais com isso.
Na escola, no trabalho, na família — e até como pastor de igreja — esse foi meu lema.
Pensar fora da caixa é quando tu não se limita ao jeito “padrão” que todo mundo enxerga uma situação.
A “caixa” é justamente o quadradinho de regras, costumes, crenças, convenções sociais e até medos que nos cercam. Quando tu sai dela, tu começa a enxergar ângulos que os outros nem cogitam.
É tipo quando alguém olha um guarda-chuva e só pensa em chuva — mas quem tá “fora da caixa” vê também uma bengala, um mastro pra bandeira ou até um acessório de estilo meio excêntrico.
Aprendi rápido o que isso significa na teoria. E, automaticamente, sofri na prática os resultados que isso traz pra quem ousa pensar diferente. Primeiro, a gente é considerado “estranho”. Às vezes deixado de lado. Difícil de acompanhar. Chamado de maluco. E sim: erramos — e erramos feio.
Mas pensar fora da caixa não é sobre bancar o do contra só por birra. É desafiar o óbvio. É andar pelo caminho mais difícil — não pra testar os outros, mas pra abrir uma trilha que ninguém teve coragem de seguir. É ir pro lado oposto, não por teimosia, mas porque tu viu o que ninguém viu. E mostrar que dá certo.
É liberdade criativa: pensar sem amarras. Só que… também tem o lado engraçado: todo mundo diz que pensa fora da caixa, mas a maioria só decora frases prontas que já estão dentro dela.
Claro, pensar fora da caixa exige esforço. Exige resistência às críticas. Mas, na realidade é uma baita satisfação quando funciona.
Só tem um detalhe: se acertar, tu pode ser o centro das atenções. Se errar, também será. Pensar fora da caixa é um caminho solitário às vezes, mas cheio de descobertas. É errar, aprender, arriscar e, se der certo, mostrar que a caixa inteira podia estar errada o tempo todo.
E cá entre nós… se você tiver coragem, o mundo vai notar. Nem sempre vai aplaudir. Nem sempre vai entender. Mas vai notar.
Quem ousa sair da caixa não passa despercebido.
Ninguém consegue prever o que se passa na cabeça de quem pensa fora da caixa.
Tipo o cara da foto acima. O que será que ele tá pensando, hein?
