Nesta segunda-feira, 22/09, o programa Post Notícias dedicou o Espaço Saúde ao trabalho do Ambulatório de Feridas do Hospital Regional de Araranguá. A enfermeira responsável, Nicole Hahn, e a estudante de fisioterapia da UFSC, Maili Tramontin, explicaram como a equipe multidisciplinar atua no tratamento de feridas complexas.
Tratamento e Parceria com a UFSC
O ambulatório atende pacientes de Araranguá e da região de Amesc, focando em feridas de difícil cicatrização. Os pacientes são encaminhados pelas Unidades de Saúde ou, em casos específicos, diretamente pelo hospital após cirurgias como amputações. A porta de entrada é a policlínica, onde a equipe faz o acompanhamento.
Nicole e Maili destacaram a parceria com o projeto “Cicatriz” da UFSC, que usa recursos da fisioterapia, como o TENS, alta frequência e laser, para acelerar a cicatrização. A colaboração tem mostrado resultados expressivos, com pacientes que chegam em cadeiras de rodas conseguindo voltar a andar ao final do tratamento. A humanização do atendimento é uma parte essencial, com a equipe se dedicando a conversas descontraídas para aliviar o sofrimento dos pacientes.
Os Tipos de Feridas e a Importância da Prevenção
Nicole explicou que a úlcera venosa é a ferida de mais difícil tratamento. Ela é causada por insuficiência venosa, onde as veias da perna não conseguem fazer o sangue circular corretamente. A reincidência é alta, pois muitos pacientes param de usar a compressão elástica assim que a ferida fecha. Algumas dessas feridas podem durar décadas e, se não tratadas, podem se tornar oncológicas.
Em contraste, o pré diabético apresenta uma taxa de cicatrização surpreendente com o tratamento do ambulatório. A equipe ressaltou a importância da educação em saúde, ensinando aos pacientes sobre controle de glicemia, peso, alimentação e exercícios, o que ajuda na prevenção. A enfermeira Nicole mencionou um caso em que um paciente descobriu ter diabetes em um nível alarmante graças à rotina de medição do ambulatório.
As especialistas ressaltaram que, embora feridas traumáticas não possam ser evitadas, 85% das amputações por pé diabético são evitáveis com o cuidado e a educação certos. Nicole e Maili agradeceram a oportunidade de falar sobre o projeto e a satisfação de ver os pacientes recuperando sua saúde e qualidade de vida
Entrevista completa no link: https://youtube.com/live/tvM09176cww?feature=share