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Espaço Saúde: Entenda a importância da doação de órgãos e o papel da CHT no Hospital Regional de Araranguá

Nesta segunda-feira, 15/09, o programa Post Notícias apresentou o quadro Espaço Saúde, com a presença de Gabriel Wichinheski Nazário, enfermeiro da Comissão Hospitalar de Transplantes (CHT) do Hospital Regional de Araranguá. O tema da entrevista foi a doação de órgãos e o papel da CHT.

Morte Encefálica e o Processo de Doação
Gabriel explicou que a CHT é formada por uma equipe de cinco enfermeiros e um médico, responsável por identificar possíveis doadores. O processo é desencadeado quando há suspeita de morte encefálica, geralmente após acidentes graves como AVC ou politraumatismos. A CHT entra em contato com a SC Transplantes, a equipe responsável no estado, para orientar o protocolo.

O enfermeiro destacou que o diagnóstico de morte encefálica é complexo e inclui a realização de dois testes clínicos, um teste de apneia e, por fim, um exame de imagem que comprova a ausência de fluxo sanguíneo para o cérebro. Gabriel enfatizou que a morte encefálica, diferentemente da parada cardíaca, significa que o cérebro, a “CPU” do corpo, já parou de funcionar, mesmo que o coração continue batendo com o auxílio de aparelhos.

Diálogo com a Família e o Setembro Verde
Apesar de a pessoa ter a intenção de ser doadora, Gabriel esclareceu que a decisão final cabe à família. A CHT aborda a família para conversar sobre a doação somente após o diagnóstico de morte encefálica. A equipe conta com o apoio de profissionais de psicologia e serviço social para tornar o momento mais humanizado e ajudar a família a compreender o quadro irreversível.

Em 2024, a CHT do Hospital Regional de Araranguá realizou sete protocolos de morte encefálica, resultando em duas captações de órgãos (rim e fígado).

Em alusão ao Setembro Verde, mês da conscientização para a doação de órgãos, Gabriel informou que a CHT está promovendo ações internas e externas, como palestras para funcionários do hospital. O objetivo é desmistificar o processo de doação e incentivar a conversa sobre o tema em família, tornando-o mais acessível e menos assustador para a população. O enfermeiro reforçou que a comissão está de portas abertas para sanar dúvidas da sociedade sobre o assunto.
Entrevista completa no link: https://youtube.com/live/zMBsR1-ewYQ?feature=share