A tarde desta quarta-feira (27) foi marcada por uma ação policial que resultou na prisão do ex-vereador Diogenes Colares Borges, conhecido como Mano Godinho, e de sua irmã, Vanessa Katrine Colares Borges, professora da rede estadual. Ambos foram condenados por estupro de vulnerável, em um caso que chocou a região e tramitava há mais de uma década.
A prisão foi efetuada pela Polícia Militar de Santa Catarina, cumprindo dois mandados referentes, cuja sentença transitou em julgado – ou seja, não cabia mais recurso. O caso remonta a abusos ocorridos quando a vítima tinha apenas 11 anos de idade.
Segundo relatos, os abusos foram denunciados em 2013 e davam conta – segundo relato do pai da vítima, de que a irmã teria facilitado a ação do irmão para que os abusos acontecessem.
Com a decisão definitiva da Justiça, Mano Godinho foi condenado a 13 anos de reclusão em regime fechado e encaminhado ao Presídio Regional de Araranguá.
Já Vanessa, que era servidora da Secretaria de Estado da Educação, recebeu pena de 8 anos e 10 meses, sendo levada para a Penitenciária Feminina de Criciúma.
A repercussão no município foi imediata. Mano Godinho, que já havia sido vereador entre 2017 e 2020, também foi secretário de Turismo e já havia tido os direitos políticos cassados. Já Vanessa se apresentava publicamente como professora, mãe e profissional dedicada à educação.
O caso ganha ainda mais contornos de ironia pelo fato de Mano Godinho ter sido um dos idealizadores da Fundação Ivone Colares Borges, entidade que em 2023 atendia mais de 100 crianças em situação de vulnerabilidade social.
Artigo 217-A do Código Penal: O crime de estupro de vulnerável prevê reclusão para quem tem conjunção carnal ou pratica ato libidinoso com menor de 14 anos.