A deputada estadual Paulinha (Podemos), coordenadora da Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), se manifestou com veemência contra os recentes casos de feminicídio registrados no país e no estado. Em pleno início do Agosto Lilás — mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher —, a parlamentar chamou atenção para o cenário alarmante e reforçou a necessidade de ações efetivas por parte da sociedade e do poder público.
“Espancadas, assassinadas, só por serem mulheres. Eu não aceito que esse seja o mundo que fica para as minhas filhas e netas. Nenhuma mulher deve lutar sozinha”, declarou a deputada, nas redes sociais.
Nos últimos dias, três mulheres foram brutalmente assassinadas por seus companheiros em diferentes regiões do Brasil. Um dos casos que mais chocou o país foi o da jovem Julia Garcia, que recebeu 60 socos no rosto, desfigurando sua face, dentro de um elevador.
Em Santa Catarina, os números também preocupam: segundo dados do Observatório da Violência contra a Mulher, 51 feminicídios foram registrados em 2024. Até junho de 2025, já são 23 casos confirmados. Além disso, mais de 15 mil medidas protetivas foram emitidas, e quase 37 mil ocorrências de violência contra a mulher foram registradas oficialmente — números que, segundo especialistas, ainda estão subnotificados.
Paulinha também destacou sua atuação parlamentar na pauta. Dos 48 projetos de sua autoria, quatro viraram leis voltadas diretamente à proteção e valorização das mulheres. Entre eles, o Programa Tem Saída, que dá apoio a vítimas de violência doméstica e familiar, e a criação da Semana de Conscientização sobre Relacionamentos Abusivos, celebrada em junho.
“A violência contra a mulher não tem partido nem ideologia. Mulheres de direita e de esquerda, feministas, antifeministas ou quem não se vê em rótulos: todas podem ser vítimas. Falar, agir e denunciar não é mimimi. É urgência. Violência contra a mulher é crime”, reforçou a parlamentar, incentivando denúncias por meio do número 180.