A deputada federal Julia Zanatta (PL) participou de uma entrevista contundente onde abordou temas como a atuação do judiciário, a perseguição política a Jair Bolsonaro e a mobilização da oposição. Em licença-maternidade, a parlamentar afirmou que, apesar do recesso do parlamento, o trabalho da oposição está “a todo vapor”.
Reuniões barradas e a luta por democracia
Julia Zanatta relatou que a oposição convocou duas reuniões de comissão em Brasília a Credem e a Comissão de Segurança Pública, ambas presididas pelo PL. No entanto, o presidente da Câmara, Hugo Mota, proibiu a realização dessas reuniões, um ato que a deputada classificou como autoritário. Ela expressou indignação com o que considera uma tentativa de barrar os movimentos em apoio ao ex-presidente Bolsonaro.
Para Zanatta, a perseguição a Bolsonaro é simbólica e tem como alvo principal “o povo brasileiro que quer ser livre, quer eleições limpas e que não aceita” que, em 2026, ele não esteja no cenário político. A deputada criticou o que vê como um alinhamento entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo Lula, afirmando que o presidente “não governa sem o Supremo Tribunal Federal”.
Críticas ao STF e ao Governo Lula
A parlamentar fez duras críticas ao STF, acusando ministros de agirem como políticos e de ferirem as regras da magistratura. Ela citou a imposição de uma tornozeleira eletrônica a Bolsonaro, questionando qual seria o crime cometido por ele. “Ele roubou? Ele se encontrou com o traficante? Qual é o crime do Bolsonaro?”, indagou. A deputada sugeriu que a medida cautelar seria uma resposta à atuação de Donald Trump no cenário internacional.
Julia Zanatta afirmou que o governo Lula “quer o caos”, citando as reuniões do Foro de São Paulo e o que ela considera um desdém do governo com o desarmamento da população, enquanto autoridades andam com seguranças. “É pura hipocrisia canalista”, declarou. Para ela, o Lula busca um alinhamento ideológico com países que “não têm democracia”, como China e Rússia.
Mobilização popular e cenário político para 2026
A deputada ressaltou a insatisfação popular, afirmando que as pessoas estão “pedindo para voltar às ruas” e que “o povo não aguenta mais” a situação atual. Ela rebateu a narrativa de que o “bolsonarismo tenta espalhar o caos”, argumentando que são as ações do governo e do judiciário que geram a revolta.
Sobre as eleições de 2026, Julia Zanatta declarou que, no momento, o foco principal é “restabelecer a democracia e a justiça nesse país”, e não as candidaturas. Ela mencionou a criação de três comissões de trabalho pelo PL, uma delas presidida pelo deputado Zé Trovão, para enfrentar as questões jurídicas e políticas.
A deputada também abordou a possibilidade de Eduardo Bolsonaro assumir uma secretaria no governo de São Paulo ou Santa Catarina para atuar fora do país, demonstrando apoio à ideia, caso ela se concretize.
Entrevista completa no link: https://youtube.com/live/RI-O0E2y5pk?feature=share