A informação trazida pelo jornalista Adelor Lessa na última semana, de que o empresário Guilherme May (PSD) tem interesse de disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026, foi a principal novidade do meio político nesta reta final de semestre aqui na região do Vale do Araranguá.
Depois de ter deixado a presidência da Associação Empresarial do Vale do Araranguá – Aciva, May agora terá um longo caminho a percorrer para consolidar este projeto politico.
Terá que ter o aval do deputado estadual Júlio Garcia (PSD), que disputa uma vaga a deputado federal nas próximas eleições, porém há um movimento do PSD para não lançar um nome do PSD na Amesc na tentativa de manter o PP na órbita de João Rodrigues (PSD), pré-candidato a governador pelo partido. A Federação União Progressista deverá, em princípio fazer o mesmo, e apoiar a dobradinha do PP, com Zé Milton a federal e Evandro Scaini a estadual. A possibilidade de o PSD ter candidato a estadual na Amesc deverá passar por esta questão majoritária.
Além disso, o PSD é vice de Evandro no Arroio, e pode herdar esta Prefeitura caso Scaini renuncie ao cargo para ser candidato a deputado estadual.
Outro aspecto que conta para a região é que o delegado geral da Polícia Civil Ulisses Gabriel (PL) ainda não tem definição sobre qual cargo irá disputar, se deputado federal ou estadual. A proximidade de May e Gabriel também pode ser um empecilho. Se Ulisses for a federal pode abrir este espaço.
Agora, começa de fato a construção deste projeto. May precisa ter o apoio de Jorge Boeira, que deve ir para o PP e não disputar em 2026; de Júlio Garcia, que ainda espera pelo PP na chapa de João Rodrigues; e construir a candidatura em casa, no PSD local, comandado pelo vice-prefeito Tano Costa.
Nunca é demais lembrar que o PP tem 6 dos 15 prefeitos na Amesc enquanto o PSD tem apenas o prefeito de Maracajá, Aníbal Brambila, e 4 vices prefeito – Ismael Santana em São João do Sul; Gil Moro em Timbé do Sul; Jorge da Celesc, em Balneário Arroio do Silva; e Tano Costa em Araranguá.