Raiz de sangue ancestral, escrito pelo catarinense, Vilto Reis, é um livro de fantasia
sombria que mistura ação, desejo e memória numa narrativa densa e visceral. Em um
mundo marcado por tradições, disputas de poder e ecos ancestrais, conhecemos Té,
uma jovem guerreira bissexual que tenta sobreviver às exigências de um destino que
nunca escolheu.
Filha de um general temido e de uma heroína de um povo rival, Té carrega a marca de
duas linhagens em guerra. Enquanto enfrenta provas físicas e emocionais, precisa
lidar com a pressão de ser herdeira de um legado que não pediu e, ao mesmo tempo,
forjar sua própria identidade. Desejada por aliados e vigiada por inimigos, ela se move
entre campos de batalha, labirintos afetivos e caminhos mágicos, onde até o amor
pode ser um risco, e o prazer, uma armadilha.
O livro pode ser lido como romance ou como uma coletânea de doze contos
interligados, nos quais cada episódio funciona como um espelho fragmentado da
trajetória de Té. A linguagem é ágil, a ambientação densa e o clima de constante
tensão acompanha a protagonista em suas escolhas, perdas e revelações. Ao longo
da jornada, enfrentamos tempestades, máscaras, canções, rituais, serpentes,
caravelas, exílios e retornos. Ou seja, tudo o que marca uma travessia entre quem
fomos e quem ousamos ser.
Com forte influência de culturas africanas e estruturado dentro do universo Serpentes
& Traições (embora funcione de forma independente), o livro é ideal para fãs de
fantasia que buscam mundos originais e representatividade de verdade. Há aqui tanto
lutas épicas quanto dilemas íntimos, com personagens que vivem o conflito entre os
papéis que lhes são impostos e o desejo de liberdade. É também Indicado para
leitores que cresceram amando RPGs, livros como Filhos de sangue e osso, Tress a
Garota do Mar Esmeralda e A quinta estação, e hoje buscam narrativas com
protagonismo bissexual, conflitos existenciais, e uma atmosfera afrofuturista e
emocionalmente densa.
Se você procura um livro que fale de pertencimento, de escolhas difíceis e do poder de
reescrever a própria história — Raiz de sangue ancestral é um chamado. Porque há
caminhos riscados a ferro, e há quem ouse atravessá-los.
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Eu li e recomendo!





