O vereador Paulinho de Souza (MDB), presidente da Câmara, disse na última sessão de abril que iria travar o andamento dos trabalhos no Poder Legislativo até que seja feita “justiça” em relação a uma suposta perseguição por parte de “gente da coligação do prefeito”. Ao seu entorno Paulinho teria dito que o prefeito tem que fazer escolhas. Ainda que não tenha dito de quem estava falando, a bolsa de apostas foi aberta e vários nomes aparecem nesta lista. Quando não se dá nomes abre-se espaço para as especulações.
O fato é que a turma do “deixa disso” entrou em campo para baixar a temperatura, acalmar os ânimos. Como o prefeito Cesar Cesa e Paulinho participaram de um jantar juntos na noite de sexta, abre-se margem para imaginar de que os ânimos já estão mais tranquilos. O “ele ou eu” deve ter dado espaço ao projeto do partido, ou seja, o MDB é mais importante neste momento.
Paulinho, por ora, ainda não deu o nome de quem teria “patrocinado” ações ou investigações contra aliados da mesma coligação – MDB/ PSD/ Republicanos / União Brasil/ PDT/ PSDB.
Ainda no Republicanos
Ainda que não haja mais perigo de cassação da chapa, uma Notícia de Fato foi registrada para apurar notícia de ilícito eleitoral praticado por Helena Colodel, que, enquanto candidata ao cargo de vereadora pelo partido Republicanos, de Araranguá, nas eleições municipais de 2024, teria transferido para conta pessoal e utilizado em seu favor valor oriundo de FEFC.
O uso indevido de recursos do Fundo foi para a esfera judicial e a candidata deverá se defender.
Há quem esteja torcendo o nariz para o suplente de vereador Jair Ferraz Pereira, o Jair Bala (MDB), por causa da consulta que fez na 1ª Promotoria de Justiça de Araranguá sobre o andamento do processo (notícia de fato) que tratava do pedido de cassação da chapa do Republicanos.
Assim como o pedido de cassação por parte da candidata Cynthia Mota Etchandy de Lima (PL), que foi feito em abril, a consulta de Jair Bala também foi inócua porque foi feita agora em Abril. O suplente recebeu as informações sobre os 2 procedimentos que estão em andamento, uma na polícia civil e outro na ouvidoria do Poder Judiciário.
Nada de anormal, afinal de contas, tanto Cynthia quanto Jair Bala ou Luciano Pires (União Brasil) teriam o direito de questionar no Ministério Público, já que seriam os interessados diretos nas 3 vagas do Republicanos em caso de cassação. Mais ainda Cynthia que era da oposição na eleição.
Liderança do Republicanos
O vereador Carlos da Funerária, que faz parte da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Araranguá, foi escolhido como líder da bancada do partido no Legislativo, no partido que tem ainda o vice presidente da Casa, Juliandro Coelho Jacques, e o vereador delegado Jorge Ghiraldo.
Digital do prefeito
A suplente de vereador Lena Périco (MDB) assume a tarefa como assessora parlamentar do deputado Vampiro (MDB) embora tenha feito campanha em 2022 para Carlos Chiodini (MDB) a federal e Volnei Weber (MDB) a estadual. A indicação teve a digital de Cesar Cesa (MDB).
A retomada das obras no prédio da medicina da UFSC (nota 4 no Enad), manutenção do prédio do IFSC entre outras pautas federais estão da mira da professora Lena.
No plano estadual, no dia 20 de maio, Araranguá ou Balneário Arroio do Silva irão receber uma reunião itinerante da Comissão de Proteção, Defesa e Bem Estar da Assembleia Legislativa, presidida pelo vereador Marcius Machado (PL), pauta de interesse de Lena e das protetoras.
Área industrial
O prefeito Cesar Cesa (MDB) já encaminhou a compra de uma nova área industrial para o município de Araranguá. São 10 hectares que estão localizados próximo à Igreja Católica, nos fundos do Restaurante do Maneca. A papelada está em andamento no cartório. A área fica no lado norte da cidade, no bairro Sanga da Toca II.
PSD e PDT
O vice prefeito de Araranguá Tano Costa (PSD) e o deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) conversaram por longo período em Araranguá, nesta sexta-feira, 25, no Restaurante Espetão. Falaram sobre parcerias locais e sobre possível aliança do PDT e do PSD para as eleições para o Governo do Estado em 2026.
Reforma vai de vento em popa
A cláusula de desempenho e o fim das coligações proporcionais estão acelerando o processo de reforma política no Brasil. Eles são responsáveis pela redução do número de partidos e, por outro lado, a federação foi a vacina encontrada para manter vivos alguns partidos. Além da fusão com o PSDB, que está na iminência de acontecer, o Podemos já havia incorporado PHS e PSC, há a possibilidade de uma federação com Solidariedade, que já havia incorporado o PROS em 2023.
Moderados, mas nem tanto
O nome para o novo partido fundido, conforme apuração do Igor Gadelha, do portal Metrópoles, pode ser “Juntos 30” ou “Moderados”, que de fato são nomes bem ruins. Moderados é uma alternativa melhor. Na fase histórica brasileira conhecida como Período Regencial (1831 a 1840) existiam vários grupos políticos (partidos), que disputavam o poder, pois após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil ficou sem imperador e foi governado por regentes. Entre eles, os principais eram restauradores (caramurus), moderados (chimangos) e exaltados (farroupilhas).
O problema é que este nome remonta a uma época em que o Moderados tinha posições bem controversas:
– Eram conhecidos popularmente como chimangos. O apelido “chimango” tem origem no poema Antônio Chimango, do poeta Ramiro Fortes de Barcelos. Este poema, de 1915, satirizava o governo de Borges de Medeiros.
– Os moderados eram contrários à ampliação da participação política no Brasil. Defendiam o voto censitário (por rendas), que excluía politicamente os mais pobres.
– Este grupo era composto, principalmente, por membros da elite agrária brasileira (grandes fazendeiros).
– Os moderados eram favoráveis à continuidade do regime monárquico no Brasil.
– Defendiam a manutenção do sistema econômico baseado nas grandes propriedades rurais, no trabalho escravizado e na produção voltada para as exportações.
Os restauradores, naquela época, eram os que queriam manter Dom Pedro no trono e os exaltados, justamente eram os progressistas.