Capacitação e humanização: pilares da qualidade no Hospital Regional
Na edição desta segunda-feira (14) do quadro Espaço Saúde, no programa Post Notícias, recebemos a enfermeira Juliana Souza, que atua no setor de Qualidade e nos serviços de Educação Permanente do Hospital Regional de Araranguá. Durante a conversa, Juliana apresentou o funcionamento do setor, os desafios e a importância da constante capacitação dos profissionais da unidade.
O setor de Qualidade, onde Juliana atua junto a outra enfermeira e uma assistente, é responsável por documentar, revisar e garantir a aplicação dos protocolos hospitalares.
“Tudo passa pela qualidade. Documentos, protocolos, mudanças de conduta… A gente acompanha, registra e garante que os profissionais estejam alinhados com as diretrizes da instituição”, explicou.
A Educação Permanente, por sua vez, tem o papel fundamental de capacitar os colaboradores. Segundo Juliana, as capacitações obrigatórias acontecem com frequência, e são adaptadas conforme a demanda dos setores.
“Às vezes é necessário reunir todo mundo, mas nem sempre isso é possível. Então fazemos por setores, em grupos menores, ou até de forma online, principalmente após a pandemia”, comentou.
Juliana também destacou o papel das campanhas institucionais, muitas delas realizadas em parceria com o grupo de Humanização do hospital, que atuam em temas como saúde mental, valorização do colaborador e práticas de acolhimento.
“Nem tudo é obrigação. Tem capacitação que parte dos próprios colaboradores, quando eles percebem uma necessidade, principalmente em temas como saúde emocional. Eles querem participar, querem se sentir bem, e isso reflete diretamente no cuidado ao paciente”, afirmou.
Capacitações frequentes e adaptadas à realidade
A rotina de treinamentos é intensa: em janeiro, por exemplo, foram realizadas cerca de 40 capacitações. De forma híbrida – presenciais e virtuais –, os encontros abordam desde procedimentos técnicos, como prevenção de lesões por pressão, até temas de segurança no trabalho, cuidados com o paciente e condutas éticas.
“Temos ações que envolvem todos os setores, outras mais específicas. Sempre buscamos uma forma de alcançar todos, inclusive os médicos, que por conta dos plantões, muitas vezes só conseguem participar virtualmente”, disse.
Novas tecnologias e estágios supervisionados
Ainda que o setor reconheça os limites estruturais e de recursos, a tecnologia vem sendo aliada na capacitação.
“A gente ainda usa muito o modelo tradicional, mas as plataformas virtuais nos ajudam a atingir mais pessoas”, afirmou.
Juliana também explicou que o setor é responsável por coordenar os estágios. Atualmente, a unidade recebe cerca de 370 estagiários por semestre, entre cursos de medicina, enfermagem e fisioterapia.
“Todos os estagiários são supervisionados por professores e profissionais da área. A população pode ficar tranquila: mesmo sendo estagiário, o cuidado é feito com a mesma segurança de um profissional formado”, garantiu.
Hospital também está aberto a visitas técnicas
Uma novidade destacada na entrevista é a reabertura do hospital para visitas técnicas, voltadas tanto para estudantes quanto para profissionais da área da saúde.
“As universidades que já têm convênio com a Secretaria de Estado da Saúde podem solicitar. É uma forma de conhecer nossa estrutura e nosso funcionamento na prática”, concluiu Juliana.
A entrevista completa está disponível na edição desta segunda-feira do Post Notícias, no canal da Post TV.
