A coluna reproduz aqui a análise do Portal Making of sobre as falas da deputada. Elas demonstram que o governador não terá vida fácil entre os ‘extremistas’ do PL para emplacar adversários históricos da direita – como o MDB, nas vagas que vai precisar para abrir espaço para partidos coligados.
A vaga de vice pode entrar em negociação, assim como uma de senador, já que a outra é do PL. Os bolsonaristas do partido entendem que as vagas para o Senado deveriam ser ambas do partido para Carol de Toni e Júlia Zanatta, mas o governador entende que isso espanta aliados.
A parceria com o MDB para ampliar a participação do governo já rendeu debates intensos no PL, mas Mello é o dono do partido. Sua estratégia o colocou no segundo turno em 2022, e Bolsonaro garantiu a vitória de 70×30 contra Décio Lima (PT). Agora a reeleição depende de outros fatores já que o PSD apresenta João Rodrigues como nome para disputa da cadeira de governador.
Parte do PSD, como Ana Campagnolo e Júlia Zanatta, prima de Ricardo Guidi – que era do PSD, pode mesmo brigar para que haja aliança com o PSD para a vaga de vice. O ex deputado Paulinho Bornhausen, hoje secretário de Estado de Jorginho Mello, já se juntou ao prefeito da capital, Topázio Netto (PSD), para buscar esta aliança.
Para isto acontecer, Jorginho (PL) teria que ir à reeleição com vice do PSD, e dois candidatos ao Senado do PL, o que tiraria o MDB da aliança, assim como ao Progressistas.
Entrevista volta a repercutir: Ana diz que o MDB está morrendo
-Sobre as duas vagas ao governo do Estado: na entrevista Ana se queixa da união do governador Jorginho Mello (PL) com o MDB e da decisão dele de dar apenas uma vaga da candidatura ao Senado para os liberais, deixando a segunda vaga para servir de moeda de troca com partidos aliados. A deputada entende que devera valer o pedido de Jair Bolsonaro de ter Carol e Júlia nas vagas.
-Em alguns Estados o partido tem que escolher candidatos a senador somente do PL. “Não temos por que ressuscitar partido que tá morrendo. Nacionalmente o MDB tá morrendo”. Para ela, escapa apenas o deputado federal Rafael Pezenti – defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Chiodini e Cobalchini, por exclusão, não quer perto.
-O MDB “é um partido chupim” e que “em muitos sentidos, é um parasita no Brasil”. Ana Campagnolo diz que em muitos Estados o MDB morreu ou tá morrendo, como, segundo ela, é o caso de Santa Catarina. O MDB elegeu apenas 6 deputados estaduais em 2022 e o PL 11; o MDB elegeu 3 federais e o PL 6 (agora está com 7).
-Deixem o MDB e venham pro PL: Ana Campagnolo dá o conselho para que os ‘bons nomes’ emedebistas saiam do MDB e se filiem ao PL.
-PSD X MDB: Segundo ela, o PSD “está empurrando o MDB para fora” e que tá tomando quadros antigos do MDB. A boa relação com o deputado Júlio Garcia (PSD) ajuda nesta percepção da deputada.
Você pode ver a entrevista completa da deputada estadual do PL no canal do Youtube do Brasil Paralelo (https://www.youtube.com/@brasilparalelo).