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10 prefeitos reeleitos para 2025/2028; diplomações e cenários

Uma das perguntas que os eleitores podem estar se fazendo depois de empossados os novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores da Amesc é “o que se pode esperar a partir de agora?” com este novo time. Foram 10 reeleições: Araranguá – César Cesa (MDB); Balneário Arroio do Silva – Evandro Scaini (PP); Maracajá – Aníbal Brambila (PSD); Morro Grande – Keio Olivo (PP); Ermo – Paulinho Dellavecchia (PL); Sombrio – Gislaine Cunha (MDB); Balneário Gaivota – Kekinha (PSDB); Santa Rosa do Sul – Almides da Rosa (PSDB); Praia Grande – Fanica (PP); e Passo de Torres – Valmir Rodrigues (PP). Apenas o prefeito de Turvo, Sandro Cirimbelli (PP), não disputou a reeleição, a exemplo do que aconteceu em 2020 com Tiago Zilli (MDB). O sucessor de Zilli – ex vereador Edson Pisca (MDB), não foi eleito. E agora, da mesma forma, o sucessor de Cirimbelli, vereador Patrick Nazari (PP), acabou não vencendo as eleições.

 

Três fizeram sucessor

Dos 5 municípios em que os prefeitos não poderiam disputar a reeleição, 3 deles conseguiram emplacar seu sucessor. O prefeito de Meleiro, Eder Mattos (que deixa o PL), com Anderson “Nininho” Scarduelli (PL); o prefeito de Jacinto Machado, Gaiola Mezzari (MDB), conseguiu a eleição de Sander Just (MDB); e o prefeito de Timbé do Sul, Betinho Biava (PP), conseguiu o sucesso, Vilmar “Belinha” Maffiollete (PP). Inclusive os 3 do mesmo partido do antecessor – PL, MDB e PP. Em Turvo, por sua vez, o partido que comandava o município, acabou derrotado nas urnas pelo rival histórico do MDB, o Progressistas. O MDB, com uma fatia de 40% do eleitorado, conseguiu eleger Heriberto Schmidt porque a eleição foi com três chapas. Em São João do Sul, o candidato indicado pelo prefeito Moacir Teixeira (MDB), acabou derrotado pelo ex prefeito Alex Sander Bianchin (PP), depois de uma sequência de 3 mandatos do mesmo grupo (1 mandato de João Rubens e 2 de Moacir).

 

Araranguá

A expectativa é para saber como será o segundo mandato de César Cesa (MDB) e Tano Costa (PSD) tendo em vista que no primeiro mandato não houve sobressaltos. Com a Câmara de Vereadores totalmente aliada ao governo, não deve ser dali que virá grandes problemas. Dois fatores podem quebrar a sintonia: a eleição de 2026, já que o MDB de César e o PSD de Tano podem estar em campos opostos nas eleições. O PSD deverá ter João Rodrigues como candidato a governador. Duas devem ser as grandes obras desta nova gestão: a quarta ponte no Distrito de Hercílio Luz, que depende do governador Jorginho Mello (PL); e o novo prédio da Prefeitura Municipal – que pode ser construído no Centro Cívico onde já tem a Amesc e Arena Poliesportiva, e que é próximo da Upa, Centro Multiuso, Ifsc e UFSC. Detalhe: será um mandato sem Carlos Moisés no governo, que foi quem deu atenção de fato ao Sul do Estado.

 

Balneário Arroio do Silva

O prefeito Evandro Scaini vai para o 4º mandato como prova viva de que os partidos perderam a importância em seu município. Foi eleito em 2024 pelo PP; 2020 pelo PSL; 2012 pelo PSD; e 2008 pelo Democratas. Além disso, com uma Câmara amplamente favorável (8×3), o prefeito terá tempo para definir se disputa cadeira pelo PP da Amesc em 2026.

 

Maracajá

O prefeito Aníbal Brambila (PSD) comandou o município até 2024 com PSD, PSL (hoje União Brasil), PP, PDT e PT. Agora irá comandar com PSD, MDB, PL, PDT e PSDB. O que muda é que a Câmara de Vereadores é amplamente favorável, são 8 vereadores na base e apenas 1 de oposição.

 

Meleiro e Morro Grande

O prefeito eleito Nininho Scarduelli (PL) não terá oposição na Câmara já que apenas uma chapa foi para as urnas com PL, PP, PSD e MDB. Terá a missão de suceder o atual prefeito, que é bastante realizador, mas tem uma gestão bastante centralizada. O novo prefeito deverá mudar este formato, com participação efetiva dos aliados.

O prefeito Keio Olivo (PP) foi eleito pela quarta vez pelo mesmo partido, com a diferença de que em duas das eleições não houve disputa. Foi o prefeito a assumir quando o município se desgarrou de Meleiro. Keio tem o desafio de governar com minoria na Câmara (4×5).

 

Ermo e Jacinto Machado

O prefeito Paulinho (PL) foi reconduzido ao cargo com maioria tranquila na Câmara (7×2). Ele mantém no comando o grupo que iniciou com o falecido Marquinhos (PSD) com 2 mandatos. Depois foi a vez de Zica Cadorin (PSD) com 2 mandatos e agora Paulinho (PL) em segundo mandato. Quem virá na sequência?

A novidade é a eleição de Sander Just (MDB) com Noeli Zacca (PP) de vice depois de anos de embates entre os 2 partidos em Jacinto Machado. Apenas PL, que elegeu um vereador, é oposição ao atual governo.

 

Turvo e Timbé do Sul

Heriberto Schmidt (MDB) comanda pela quarta vez o município pelo mesmo partido. Também tem o desafio de conviver com uma Câmara minoritária (3 MDB e 1 PSD na situação; e oposição 4 do PP e 1 do PL). Experiente, foi prefeito, secretário regional e gerente da Amesc, e não deverá ter dificuldades em sua gestão.

O desafio para o ex secretário de saúde Belinha (PP) é com a primeira gestão, já que na Câmara tem maioria confortável com 5 vereadores do PP e 1 do PSD, contra apenas 2 do MDB e 1 do PL na oposição.

 

Sombrio

Por ora, tudo tranquilo, para o segundo mandato de Gislaine Cunha (MDB), com 7 vereadores eleitos (4 MDB, 2 PL e 1 PSDB), contra 4 da oposição (3 PP e 1 PSD). Em princípio, a Câmara deverá ser comandada pelos 2 mais votados, Rafa Enfermeiro (PL) e Jonas D’ávila (MDB).

 

Jorginho com menos orçamento em 2025

Por 27 X 11 os deputados catarinenses aprovaram a PEC do deputado Altair Silva (PP) que eleva as emendas impositivas de 1% para 1.55% das Receitas Correntes Líquidas. Isso significa dizer que os parlamentares poderão dizer onde investir R$ 725,4 milhões em 2025. Eram até 2024 R$ 468 milhões. Antes desta mudança, aprovada na última sessão do ano da Alesc, cada deputado destinada por emenda impositiva R$ 11,7 milhões. Agora serão R$ 18,1 milhões por deputado que serão destinados sem ter que passar pelas bênçãos de Jorginho Mello. Isso deve ser um recado claro ao governador dr que os deputados não estão contentes com a decisão do atual comando. Estes R$ 257 milhões irão ajudar os municípios da base dos deputados, e tirar poder do governador. Embora o orçamento seja de cerca de R$ 25 bilhões, há uma constante queixa de que está demorando a chegar a mão do Estado, caso do Extremo Sul do Estado, que precisa voltar a acelerar o ritmo das obras. Os deputados Tiago Zilli (MDB) e Zé Milton (PP) votaram a favor entre os 27 votos. Apenas 9 do PL e mais Mário Motta (PSD) e Cadorin (Novo) votaram não. No entanto, a medida beneficia os 40 deputados.

 

Mudança na Saúde

Ariete Inês Minetto é a nova gerente de saúde da Amesc. Ela é professora da Unesc e esposa do professor Donato Casteler, que foi candidato a prefeito de Turvo nas últimas eleições.  Alessandra Simoni Borgert, que substitui Andresa Ribeiro no cargo, que saiu para disputar as eleições para Prefeitura de Araranguá. Ela foi exonerada pelo governador Jorginho Mello (PL).