PSD lança João Rodrigues para governador em 2026
Os dois movimentos políticos mais importantes produzidos nesta semana em Santa Catarina foram pelo PSD e pelo PL.
O PSD reuniu nesta semana suas principais lideranças para avaliar o desempenho nas urnas, onde ficou com o quarto maior número de prefeituras (41), atrás apenas de PL (90), MDB (70) e PP (53), mas, especialmente para lançar o prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), como pré-candidato a governador para enfrentar Jorginho Mello (PL) em 2026. O caminho deverá ser a busca de parceria com o aliado histórico da centro-direita, o Progressistas. Juntos PSD e PP comandam 94 prefeituras.
Embalados pelas vitórias de Topázio Neto (PSD) em Florianópolis, Vaguinho (PSD) em Criciúma, Rodrigues (PSD) em Chapecó, Orvino de Ávila (PSD) em São José, e Adriano Silva (Novo) em Joinville com apoio do PSD, o partido se coloca como principal adversário do governador para as próximas eleições.
Mello apazigua a bancada
O PSD respondeu rapidamente ao movimento de Jorginho, que se reuniu com o MDB para alargar a parceria já existente em seu governo. A derrota de Chiodini em Itajaí e a redução de 100 para 70 prefeitos devem fazer com que o MDB recue no projeto de ter candidato a governador em 2026.
O governador Jorginho Mello (PL) fechou acordo com o MDB na semana passada sem conversar com as lideranças do partido, o que gerou uma chiadeira.
Na terça-feira (5), o governador chamou seus deputados para explicar o movimento para manter 18 dos 40 deputados na Assembleia Legislativa, 10 dos 16 deputados federais e 2 dos 3 senadores.
Este acordo para ampliar o espaço do MDB no governo do PL custará espaços dos liberais e de seus aliados mais próximos.
Alesc não é igual 2026
Na Assembleia Legislativa deverá ser mantido o acordo para Júlio Garcia (PSD) comandar o parlamento de 2025 a 2026, com apoio inclusive do MDB da esquerda (PT, Psol e PDT).
Mesmo assim, Mello terá apoio da maioria dos deputados. A nova configuração poderá ter 27 aliados do governador (12 PL, 6 MDB, 3 PP, 3 Podemos, 2 PSDB, 1 Republicanos), 8 independentes (3 PSD, 3 União Brasil, 1 Novo, 1 PDT) e apenas 5 na oposição (4 PT e 1 PSOL). Para as eleições PL, MDB e Republicanos podem estar juntos (19 deputados), mas, com PSD podem estar PP, União Brasil, Podemos, PSDB, Novo e PDT (16 deputados), e a esquerda com PT e Psol (5 deputados).
TEM QUE SE EXPLICAR
A recente aparição de Jorginho Mello na mídia nacional logo após um contrato do Governo de Santa Catarina com a Jovem Pan de São Paulo nem havia sido ainda bem explicada quando surge agora a denúncia de contratação de uma empresa de telemedicina ao custo de R$ 600 milhões. A empresa nasceu em 2023 e já possui um grande contrato via CIASC, sem licitação, ou seja, sem oportunizar concorrentes do próprio estado.
Outro detalhe é que a empresa é do Piauí, estado do Nordeste brasileiro, que vem sendo achincalhado por dar vitórias eleitorais à esquerda e ao PT de Lula da Silva. Pra piorar, conforme apuração do SC em Pauta, a Integra Saúde Digital Telemedicina é terceirizada da paulista Portal Medicina & Saúde, que é a dona do software.
Só para lembrar: Carlos Moisés caiu em desgraça pelo caso dos respiradores para a Saúde.