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Hub Costa Serra Mar participa da mesa redonda Ecossistema de Saúde “Oportunidades integradas e negócios inovadores” 

Evento que foi realizado na Academia Fiesc de negócios na capital do estado e reuniu representantes de SESI, SENAI, Unimed Grande Florianópolis, grupo Baía Sul, Academia FIESC de Negócios, Clinimagem, SCardio, e outros importantes players do segmento da saúde, defendeu que dados e Inteligência Artificial ajudam a gerir setor de saúde

 

 

Florianópolis

 

Dados e Inteligência Artificial podem ser aliados importantes para ajudar a gerir o setor de saúde, disseram especialistas da área em evento na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Na última quinta-feira (27). Entre outros benefícios, estas ferramentas permitem medir despesas, prevenir gastos, racionalizar operações, reduzir desperdícios, aproveitar melhor os recursos e potencializar negócios.

Podem ser usadas, por exemplo, por operadoras de planos de saúde: identificando queda no número de mamografias, poderiam incentivar as pacientes a fazer o exame, o que seria vital para elas e importante para reduzir despesas futuras com tratamento.

 

Evento deixa aprendizados  

Os novos pilares da saúde em uma era mais tecnológica são a atenção à assistência médica; o controle de dados dos pacientes (para otimização dos procedimentos, a maximização dos resultados e minimização dos custos); e a comunicação (a saúde não pode mais ser encastelada em si mesma, os dados precisam conversar entre si e a comunidade – interna e externa – precisa ser informada, tem o direito de saber sobre o que acontece no segmento saúde).

Os quatro vetores acelerados pela tecnologia são a mineração de dados; a ⁠interoperabilidade do hospital e da cadeia de saúde (ajuda mútua); a ⁠compatibilidade de sinistros (similar ao que ocorre no sistema de seguros de veículos); e o ⁠impacto geracional.

 

Papel da vertical da saúde

O HUB Costa Serra Mar, que participou do evento tem o propósito de desenvolver o ecossistema de negócios do Sul de Santa Catarina, através de tecnologia e inovação. E a vertical da saúde possui um destaque importante, por ser um dos pilares estratégicos para o futuro das Cidades Inteligentes. Por isso, a participação do HUB se faz relevante nos debates dessa temática nos mais diversos eventos e ambientes.

O coordenador do Hub de Inovação Costa Serra Mar de Araranguá, Pedro Catini, representou a Vertical Saúde. “A participação neste evento conecta o trabalho que está sendo executado na Vertical de Saúde do Hub. Recebi a missão de representar os parceiros do Hub, o Hospital São Donato, a Procirurgia e Instituto Maria Schmitt (IMAS)”, conta Catini.

 

Os palestrantes

 

ADEMAR JOSÉ DE OLIVEIRA PAES JUNIOR – O médico radiologista de Florianópolis, empresário, especialista em inteligência de mercado, criador da startup de inteligência, que é coordenador da Vertical Saúde da Academia FIESC de Negócios, abriu o evento de saúde na Federação e trouxe o Plano de desenvolvimento do ecossistema de saúde catarinense, que tem como objetivo desenvolver a cadeia de fornecedores e da indústria da saúde, com abertura de novas empresas para o Estado, além de estimular investimentos e proporcionar que a rede de empresas tenha acesso à tecnologia e inovação. Paes Junior, mediador do evento, trouxe dados que tornam a gestão em saúde mais eficiente, o que considera interessar toda a sociedade, não apenas profissionais, empresas, operadores e demais integrantes do setor.

 

SÉRGIO BRINCAS – CEO do Grupo Baia Sul tratou de sua apresentação sobre o investimento no setor da saúde, e contou que sua visão de negócio vai em busca do “vazio”, aquilo que não está sendo feito no setor da saúde. O palestrante disse acreditar que o mercado da saúde é um mercado com muita oportunidade. Além disso, ele é construído junto com a vida humana, ou seja, de maneira contínua e sem limites, um mercado que sempre apresentará demandas. Brincas disse acreditar em uma evolução do mercado da saúde. Desta forma, para movimentar o crescimento e a expansão do Grupo Baia Sul, foi criado um fundo para investir em novos hospitais e clínicas. Ou seja, uma maneira de levar mais longe os braços da instituição. Em sua palestra, Brincas ainda destacou a importância dos planos de saúde para as empresas. Disse que o cenário mudou e que este assunto não é mais tratado na área de Recursos Humanos, mas sim na mesa da Diretoria Executiva.Para o Brincas, a empresa moderna precisa ser rápida: em decisões, em ideias, em negócios e em projetos. Ele ainda destacou a importância da ferramenta para organização do sistema de contas. “O hospital é muito complexo. A cadeia de suprimentos é gigante. Então, organizar esta cadeia é fundamental”, aponta.

 

SENDI LOPES – A gerente de Saúde e Segurança do SESI e SENAI em Santa Catarina, falou que o controle dos gastos é fundamental para o equilíbrio dos sistemas de saúde, e a IA pode ajudar nesta tarefa. “Aquilo que não é medido não é gerido”, destacou. Ela falou sobre os investimentos feitos em planos de saúde no mercado. Detalhou que, em média, 13% da folha de pagamento das empresas brasileiras atualmente são destinados para investimentos em plano de saúde. Pontuou ainda que indústria brasileira financia um de cada três beneficiários destes planos. Há uma preocupação da alta direção das empresas sobre essa temática, em virtude dos reajustes que são acima da inflação por anos consecutivos. Em virtude desta pressão inflacionária o resultado das empresas não tem acompanhado esse ritmo da economia. Desta forma, o ativo da saúde está muito pressionado em seus valores na relação custos x receitas. O cenário, segundo ela, é agravado pelo momento da saúde do brasileiro, onde as pessoas estão cada vez menos saudáveis e os custos de saúde estão cada vez maiores. Lopes disse que, de olho nas tendências de mercado, as empresas de saúde precisaram trabalhar com inteligência de dados para otimizar suas equações de operação. Para ela, outra tendência significativa é o cuidado com a saúde de maneira preventiva, o que traz impacto direto na ponta, e que ajudam as pessoas a melhorarem qualidade de vida. Consequentemente isto ajuda a diminuir a pressão sobre o sistema de saúde como um todo (público ou privado). Por fim, outra agenda forte para discussão será um trabalho de regulamentação do setor.

 

RICHARD OLIVEIRA – O CEO da Unimed Grande Florianópolis, fez uma apresentação sobre o funcionamento de uma das cooperativas médicas mais consolidadas no setor de saúde catarinense, com atuação em diversas cidades, que possui hospitais e proporciona atendimento em diversas especialidades. Em sua palestra, Oliveira falou sobre o cenário da saúde suplementar e as tendências de mercado para o segmento. Disse que o Brasil é oitavo mercado de saúde do mundo, é o PIB que mais distribui riqueza no país. Citou ainda que o Brasil atingiu 50,49 milhões de usuários de Planos de Saúde em dezembro de 2023, maior número desde dezembro de 2014. Ou seja, o custo subiu muito e no cenário futuro, só deve ser mais desafiador. Com a tendência que só será resolvida com a mobilização das empresas para as decisões na indústria de saúde. Para Oliveira, a Inteligência Artificial pode ajudar na identificação de anomalias e fraudes nos sistemas.