Search

SEMAE debate políticas públicas de preservação da zona costeira com diferentes setores da sociedade

Secretaria de Meio Ambiente e Economia Verde pretende diminuir os prejuízos causados pelas mudanças climáticas no litoral catarinense

O aumento do nível do mar, a alteração na direção das correntes e a intensidade das tempestades estão fazendo as zonas costeiras do estado ganhar ainda mais atenção nas iniciativas voltadas ao meio ambiente. Pensando em proteger essas áreas potencialmente sujeitas a riscos ambientais, especialmente no contexto de eventos climáticos extremos, a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde promoverá nos dias 9 e 10 de julho o 1º Seminário de Ações Estruturais e não estruturais no litoral catarinense, que acontecerá no auditório da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (GrandFpolis).

Molhes, construções com barreiras de pedras, troncos ou sacos de areia são exemplos de ações estruturais feitas para lidar com a erosão. No entanto, a SEMAE quer criar um procedimento padrão para cada tipo de situação.

“Precisamos diminuir os impactos causados pelos desastres climáticos nas zonas costeiras. Todos os anos vidas e muitos bens materiais são perdidos em Santa Catarina devido à invasão marítima e à erosão da costa catarinense. Por isso, estamos debatendo políticas públicas com normas, diretrizes e critérios para a implementação de obras de prevenção e mitigação de novos prejuízos. Nosso objetivo é promover uma mudança significativa na forma como lidamos com a erosão, tornando o litoral de SC um exemplo de sustentabilidade e inovação”, destacou o secretário do Meio Ambiente e Economia Verde, Guilherme Dallacosta

Buscando promover um debate participativo entre os diferentes atores envolvidos nesta causa, participarão do evento a academia, sociedade civil organizada, municípios, iniciativa privada e órgãos de governo em geral. Entre os palestrantes estão representantes do Ministério do Meio Ambiente, SPU, IPhan, IBAMA e ICMBio.

Durante o evento, serão apresentadas informações sobre o cenário atual, no aspecto econômico, social e ambiental, além de serem discutidos os tipos de obras que são utilizadas para enfrentar os efeitos negativos da erosão costeira e por fim, definidas as competências no referente à autorização, execução e monitoramento das obras.

“Além de discutir as melhores soluções, o objetivo da SEMAE é a proposição de normativas pra elaboração de um procedimento padrão englobando aspectos legais e competências dos envolvidos. Precisamos definir o que cada instituição deve fazer e como deve fazer para garantir a efetiva conservação da nossa costa”, disse a gerente de integração e planejamento ambiental Monica Koch.

O Seminário está sendo feito com apoio do IMA, a Acquaplan e a Associação Catarinense de RPPN e foi idealizado pela Câmara Técnica de Gerenciamento Costeiro do CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente.