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Porte de maconha para consumo pessoal deixa de ser crime, explica advogado e professor de direito Diego Campos Maciel

Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o porte de maconha para consumo pessoal não será mais considerado crime. Segundo o advogado e professor de direito, Diego Campos Maciel, essa decisão representa um marco importante na abordagem jurídica sobre o uso de substâncias entorpecentes no Brasil.

De acordo com Diego, a nova diretriz do STF estipula que, embora o porte para uso pessoal não resultará em pena criminal, porém o uso da maconha continua proibido em território brasileiro.

 

“É uma mudança significativa, pois remove a possibilidade de prisão ou outras penalidades criminais para aqueles que são pegos com uma quantidade de maconha destinada ao consumo pessoal. ”, explicou o advogado.

No entanto, a quantidade exata que será considerada para uso pessoal ainda está em fase de definição pelo STF.

 

“Esta decisão do STF inaugura uma nova fase na legislação brasileira sobre drogas. Caberá à Anvisa neste momento definir a quantidade para o Supremo regulamentar a quantidade permitida. Sendo assim, quando um indivíduo for visto utilizando o entorpecente e ele estiver com quantidade compatível, não cabe mais a polícia qualquer tipo de ação, mas a outros órgãos que adoração medidas administrativas como internações, medidas educativas e programas preventivos”, avalia o advogado.

Outro ponto importante destacado pelo jurista é que o consumo de maconha em locais públicos permanece proibido.

 

“A decisão do STF não altera as restrições quanto ao uso em espaços públicos. Portanto, o usuário que for pego consumindo a substância em locais públicos ainda poderá enfrentar consequências legais”, afirmou.

O criminalista ainda ressalta que, apesar das mudanças, é importante que a população compreenda as limitações e as regulamentações que ainda estão em vigor.

 

“A decisão não é um ‘cheque em branco’ para o uso indiscriminado de maconha. Haverá regras e limites que precisam ser respeitados”, concluiu o advogado.