Em uma operação conjunta, dois homens, foram presos no bairro Divinéia e no interior de Turvo, após expedição de mandado judicial
Araranguá
Natália Silveira
Uma operação foi organizada pela Polícia Civil, através da DIC Araranguá, com parceria de agentes policiais da DPCAMI, PM e Saer, para executar o mandado de prisão expedido pelo poder judiciário, com intuito de prender dois suspeitos no envolvimento da morte brutal de Gabriela Rocha, 21, e Karol Souza, 24, na última quinta-feira, 5. A ação aconteceu às 5h10 desta quinta-feira, 12.
As jovens teriam sido retiradas de casa, amarradas, amordaçaras, mortas e jogadas no Rio Araranguá. Os corpos ainda apresentavam marcas de facadas no pescoço. O laudo pericial ainda não foi emitido pelo IML (Instituto Médico Legal).
Segundo o delegado responsável pelo caso, Jair Pereira Duarte, os dois suspeitos de 24 e 27 anos, também foram autuados em flagrante por posse de arma pelas duas equipes que, divididas, faziam parte da ação. Um deles foi preso em Turvo e outro no bairro Divinéia, em Araranguá. O delegado também explica que os dois suspeitos negam envolvimento no caso.
Enquanto a investigação continua, alguns elementos também podem apontar para mais um participante na autoria do crime. “As investigações os colocam na cena do crime. O que foi coletado, acabou apontando os eles como suspeitos. A investigação continua até o prazo para a finalização do inquérito. Outras pessoas devem depor e laudos periciais ainda não foram anexados ao inquérito, e, assim que todas as provas estiverem concluídas, será remetido ao Poder Judiciário”, explica.
O CASAL SEQUESTRADO
Ainda segundo o delegado, o sequestro de um casal nas proximidades do local do crime, na noite seguinte ao desaparecimento das duas amigas, pode estar relacionado com o fato. “Existe sim uma relação entre esses dois casos, mas não aos mesmos autores. O que apuramos é que pessoas próximas das vítimas tentaram fazer justiça com as próprias mãos, tentando descobrir o paradeiro de Gabriela e Karol, desta forma, sequestrando e agredindo o casal, para tentar obter informações”, descreve.
LINHA DE INVESTIGAÇÃO
Não foi descartado pela Polícia Civil as possibilidades de se tratar de um crime de homicídio ou feminicídio. “O inquérito está em uma fase bastante avançada, mas devemos esperar os próximos dias para ter certeza do que aconteceu naquele dia”, afirma o delegado.
SEGUEM NA PRISÃO
Os suspeitos foram ouvidos e encaminhados ao Presídio Regional de Araranguá, onde devem cumprir prisão temporária e aguardam até a conclusão do inquérito para saber se serão liberados ou se manterão presos.
