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Dória abandona o barco. Como fica o PSDB depois destas eleições?

O partido começou a definhar após as eleições de 2018, quando Geraldo Alckmin acabou em quarto lugar com apenas 4,76% dos votos válidos atrás de Bolsonaro (PSL), Haddad (PT) e Ciro (PDT).

Depois daquela derrota o PSDB tenta juntar os cacos sem sucesso. Primeiro foi o ex governador Geraldo Alckmin, quem brigou com o apadrinhado João Dória, e saiu do ninho tucano para o PSB de Carlos Siqueira.

As pesquisas mostravam que não havia ninguém capaz de furar a parede de Bolsonaro e Lula em uma ambiente visivelmente polarizado.

Neste momento, o partido teve uma lamentável condução das prévias para as eleições de 2022 – cercada de denúncia de corrupção, com 4 nomes na disputa: ex-senador Arthur Virgílio (AM), senador Tasso Jereissati (CE), Eduardo Leite (RS) e João Dória (SP).

Virgílio e Leite desistiram da disputa, que ficou entre 2 governadores que renunciaram para disputar as eleições: Leite, no Rio Grande do Sul, e Dória, em São Paulo.

Leite tinha o comando do PSDB gaúcho, mas Dória precisou se impor, levar seu vice-governador do PL para o PSDB. Tanto que João Dória, ameaçado pelo PSDB nacional de não ser escolhido o candidato, mesmo tendo vencido as prévias, ameaçou até não renunciar ao cargo e ficar de fora das eleições.

Depois de renunciar foi emparedado pelo PSDB nacional, que, balizado por pesquisas eleitorais, encaminhou uma federação com o Cidadania. Este grupo decidiu indicar o vice para Simone Tebet (MDB) e a senadora Mara Gabrilli (PSDB) acabou indicada.

Isolado, sem a indicação do partido, João Dória, depois ter sido prefeito e governador de São Paulo, acabou ficando afastado das eleições.

Rodrigo Garcia (PSDB), que herdou o governo de São Paulo, acabou candidato à reeleição, e foi derrotado e declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) e Tarcísio (Republicanos) contra Haddad (PT).

O PSDB não venceu nenhuma disputa de governo de Estado no primeiro turno. Agora, está na disputa com 4 deles: Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul); Pedro Cunha Lima (Paraíba); Raquel Lyra (PSDB); e Eduardo Leite (PSDB).

Depois deste segundo turno, os tucanos deverão avaliar como fica a situação do partido. Ou o que resta dele.

Segundo Turno – Neutralidade

  • João Dória (SP), que havia anunciado que iria anular o voto no segundo turno, anunciou a desfiliação do PSDB.
  • Aécio Neves (MG) – candidato a presidente em 2014, não deve apoiar ninguém.
  • Eduardo Leite (RS) – disputa o segundo turno e definiu pela neutralidade.

Segundo Turno: com Bolsonaro (PL)

  • Mara Gabrilli (SP) – vice de Tebet, vai no caminho inverso;
  • Arthur Virgílio (AM) – desistiu das prévias do PSDB;

 

Segundo Turno: com Lula (PT)

  • Os históricos tucanos, Fernando Henrique (SP); José Serra (SP); e Tasso Jereissati (CE) – que desistiu das prévias do PSDB.