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Esquerda com Décio e Dário; PSTU lança chapa; conversas de PP e PSDB; e o caminho de Antídio

ESQUERDA COM DÉCIO E DÁRIO

Em convenção sem o PDT, o Psol e a Rede Sustentabilidade, Frente de Esquerda confirma Décio Lima ao governo e Dário Berger ao Senado.

“Pré-candidatos fazem críticas à redução de renda e ao autoritarismo do atual governo federal (de Jair Bolsonaro) durante ato de lançamento de candidaturas”.

O final da convenção foi marcado com a tradicional dancinha com a música “Lula Lá”. Foi possível perceber que Gelson Merísio (Solidariedade) e Dário Berger (PSB), que são neófitos na esquerda, ainda estão um “pouco destreinados”. Até o final da campanha, por certo, já estarão afinados e tratando a todos como companheiros, isto porque político tem o dom de se adaptar.

 

OS DISCURSOS INFLAMADOS

A Frente Democrática de Santa Catarina definiu nesta segunda-feira (25/07) homologar as candidaturas de Décio Lima (PT) ao governo de Santa Catarina e de Dário Berger (PSB) ao Senado Federal. Houve manifestações “em favor da construção de uma agenda ampla em combate ao autoritarismo e à desigualdade social”.

Segundo Décio Lima, que foi deputado federal por três mandatos e prefeito de Blumenau por oito anos, a Frente Democrática (ou de Esquerda) busca aglutinar forças políticas que “querem fazer frente à redução de renda e combater o retorno da miséria ao país e ao Estado”.

O candidato a governador disse: “se governa com uma pauta de interesse difuso, aglutinando toda pluralidade política de Santa Catarina. […] Temos compromisso com a vida, com as pessoas, com os catarinenses que se reúnem numa legião de mais de 1,3 milhão de pessoas que estão em vulnerabilidade alimentar”.

“O presidente Lula representa um marco regulatório na vida do brasileiro e do povo catarinense, representa a retomada da liderança do povo, que está sentindo a dureza da vida na prateleira do mercado, na redução de renda”, acrescentou.

 

FRENTE (8 – 3 = 5)

Para Lima, o lançamento das candidaturas que compõem a Frente Democrática — formada pela federação PT, PCdoB e PV, mais PSB e Solidariedade, marca “a retomada de uma liderança para o povo catarinense e conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”.

Décio fez um apelo para que PSOL/Rede e PDT e continuem na Frente Democrática. A vaga de vice na chapa da Frente Democrática ainda está em aberto e será definida até 5 de agosto.

Presentes o presidente do PSB, Cláudio Vignatti; presidente Osvaldo Mafra e o ex-deputado estadual Gelson Merísio, do Solidariedade; presidente do PCdoB, Douglas Mattos; presidente do PV, Guaraci Fagundes.

 

RAZÕES DA CISÃO

Quando as conversas iniciaram, era dito que o PDT seria bem recebido, que haveria espaço para um palanque duplo de Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), mas a disputa por espaços dentro da frente e constante ofensiva de Ciro contra Lula e Bolsonaro começou a criar resistências.

Uma delas foi por parte do PSol, que não aceitava que a vaga ao Senado fosse para o partido que “bate em Lula”. E o partido lançou Afrânio Boppré ao Senado.

Neste meio tempo, Dário Berger (PSB), que tentava convencer o PT a ceder a vaga a governador, com PT de vice e o PDT ao Senado, viu sua tentativa se frustrar, e acabou a aceitando a vaga ao Senado. A aceitação veio após a conversa com Lula e Alckmin, que argumentaram que precisam de senadores e deputados para a base em caso de vitória de Lula.

O Psol era contra entregar a vaga e espaço do tempo de rádio e TV ao PDT para quem iria fazer, em tese, campanha apenas para Ciro Gomes e seus deputados, não para a Frente de Esquerda.

De acordo com uma liderança do alto escalão do Psol catarinense, a federação Psol-Rede não saiu da Frente. “Fomos saídos”, alfinetou.

 

PDT FICOU NO BRETE

O PDT, que faz convenção sábado (30), parou as conversas com a Frente e lançou Jorge Boeira a governador. Agora só resta ao PDT ir de chapa pura ou aceitar ser vice de Décio porque não há espaço na chapa de Amin que apoia Bolsonaro; a chapa de Moisés (Republicanos) com MDB está completa – a menos que aceite uma suplência ao Senado; na chapa de Jorginho Mello, não cabe porque apoia Bolsonaro; e na de Gean Loureiro (União Brasil) porque Boeira e Colombo tem divergências (Boeira saiu do PSD por causa do então governador) e não aceitaria ser suplente ao Senado.

 

DÁRIO COM LULA

A pré-candidatura de Décio ao governo do estado foi homologada durante a Convenção Estadual do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Também foram confirmadas as candidaturas de 13 deputados federais e 41 estaduais.

Em seguida, ocorreu o ato político da Frente Democrática. Na ocasião, também foi oficializado o nome de Dário Berger (PSB) para a disputa ao Senado. Para Dário Berger, o lançamento das candidaturas representa o esforço conjunto de reconstruir o Brasil que, segundo ele, empobreceu. “É o resgate da autoestima dos catarinenses e dos brasileiros”, afirmou.

“Voltamos ao mapa da miséria, da fome, da desesperança e precisamos reconstruir o Brasil. Não vejo outra alternativa que não se chame Luiz Inácio Lula da Silva”, continuou o senador, que hoje lidera o bloco Resistência Democrática no Senado.

 

NOME DA EXTREMA ESQUERDA

O PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) lançou uma chapa com o professor Alex Alano (de Criciúma) a governador; a professora Gabriela Santetti (de Florianópolis); e o gestor ambiental Gilmar Salgado ao Senado (de Maravilha).

 

NAMORO PSDB X PP

Sobre as conversas do PSDB, o presidente Rogério Pacheco resumiu à coluna:

“Hoje (25), em virtude da agenda apertada, a conversa foi rápida (com Aminm, do PP). Amanhã voltaremos a conversar sobre o pleito”.

“(com os prefeitos) Foi positiva! Ouvimos as bases, e dia 1º de Agosto, vamos encaminhar uma posição ao Colegiado da Federação”.

Apenas uma dezena de prefeitos atendeu ao chamado, já que muitos deles estão com o governador Moisés, caso de Kekinha dos Santos (Balneário Gaivota) e Almides da Rosa (Santa Rosa do Sul).

 

LUNELLI BUSCA VAGA NA ALESC

Nem o aniversário de 146 anos de Jaraguá do Sul, que aconteceu nesta segunda-feira (25), foi capazes de arrefecer os ânimos no MDB pós-convenções.

O Joinville Esporte Clube (JEC) e Grêmio Esportivo Juventus de Jaraguá já fizeram duelos importantes no campeonato catarinense de futebol, mas a rivalidade só não é maior porque o JEC subiu alguns andares a mais, foi multicampeão.

Agora, passado o clima de disputa, a tendência é que Antídio seja mesmo candidato a deputado estadual, já que as tentativas de impedir a indicação de Udo Dohler foram infrutíferas, tanto na instância nacional quanto estadual.