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A VOLTA DE ANTÍDIO COMO PRÉ-CANDIDATO DO MDB É PRA VALER?; DESEJO DE BOLSONARO; E MAIS

MDB MANTÉM INDICAÇÃO DE LUNELLI?

O Diretório Estadual do MDB, reunido na tarde de segunda-feira (27), reiterou a decisão da última reunião da Executiva e das bancadas estadual, de oficializar o nome do prefeito Antídio Lunelli (MDB) como candidato a vice, na chapa de Carlos Moisés (Republicanos). Esta foi a decisão passada para as ruas, mas de fato, não é bem assim.

De acordo com assessores ligados à Antídio Lunelli, na semana anterior, ele havia feito um gesto em busca da unidade do MDB e disse que abriria mão da disputa, quando foi indicado pelo partido como vice de Moisés.

No entanto, o governador sinalizou que gostaria de escolher o companheiro de chapa. Chegou a oferecer uma secretaria ao jaraguaense em caso de vitória nas urnas para ele ficar de fora da chapa majoritária. As críticas que Lunelli fez a sua gestão, inclusive na propaganda partidária de rádio e televisão, incomodaram o governador.

O presidente do MDB, Celso Maldaner, e os próprios deputados estaduais já haviam afirmado que a indicação caberia ao partido e não ao governador.

“Eu fiz o que podia para tentar unificar o partido. Mas não foi suficiente. Entendo que nada mais justo que agora a gente ouvir as nossas bases que estavam bastante incomodadas com essa possível aliança. Vou trabalhar para colocar em prática o modelo de gestão pública que considero ideal, com mais gestão, transparência, eficiência, planejamento e entrega”, disse Lunelli ao fim da reunião.

Ou seja, a comunicação para fora do partido é diferente da encaminhada por Lunelli, que disse voltar para a disputa à vaga de governador.

 

CONVENÇÃO DO MDB EM 23 DE JULHO

Os líderes também anteciparam a convenção do partido (que seria em 5 de Agosto) para o dia 23 de Julho. Pelo que ficou acertado, o encaminhamento será feito pelo presidente em exercício, Edinho Bez e mais uma comissão. Isto porque, durante a reunião, o presidente Celso Maldaner comunicou seu licenciamento do cargo para buscar na convenção a indicação de seu nome para a vaga ao Senado, que ainda tem no páreo o deputado Rogério Peninha Mendonça e o ex-governador Paulo Afonso.

A pedido do presidente da Assembleia, Moacir Sopelsa, na última reunião da Executiva, Edinho Bez retirou seu nome como pré-candidato ao Senado, já que o candidato a governador, caso seja mantida a aliança, também tem base em Tubarão.

Durante a reunião, o presidente da JMDB, Filipe Schmitz também licenciou-se do mandato, assumindo o vice-presidente do segmento, Márcio Recco, que é de Jacinto Machado.

 

DÚBIO CAMINHO ESCOLHIDO?

À coluna o deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB) disse após a reunião que “o partido formalizará a indicação do Antidio (para vice de Moisés)”. Pelo visto, o MDB irá bancar a indicação mesmo com as restrições apresentadas por parte de Moisés (Republicanos), e ainda irá brigar para manter a indicação do candidato ao Senado na chapa, embora o governador tenha dito que quer o PSDB na chapa.

Se mantiver a chapa Moisés/Antídio com MDB e a indicação para o Senado, parceiros só teriam espaço para 1ª e 2ª suplências. Lembrando que Edinho Bez deve brigar para ocupar uma delas.

O que se diz nos bastidores é que o empresário Antídio Lunelli (MDB) não pode ser candidato a senador ou a deputado federal por conta de linha de crédito que firmou junto ao BNDES, mas sua assessoria só confirma que é pelo fato de o empresário ser donos de 3 rádios, concessões federais. Neste caso, se não for vice, somente candidato a deputado estadual.

Ficou mais ou menos assim. Se Antídio não for o vice, poderá recolocar seu nome para governador nas convenções.

 

MOISÉS CONVERSA COM EDINHO BEZ

Um dia após a reunião do Diretório Estadual do partido e no primeiro dia da presidência de Edinho Bez, Carlos Moisés (Republicanos) esteve na tarde desta terça-feira (28), na sede do MDB, em Florianópolis. O governador reiterou o desejo de ter o MDB no seu projeto à reeleição, e ouviu de Edinho que muitos emedebistas têm a mesma vontade de apoiá-lo.

Bez disse que as portas estão abertas para o governador e se comprometeu em intensificar nos próximos dias o diálogo com as lideranças do partido em busca de consenso e unidade rumo às eleições de Outubro.

Traduzindo: irá tentar ajustar para que o governador aceite a indicação do MDB ou convencer Lunelli a liberar espaço para outro nome que feche melhor a chapa com Moisés.

 

O QUE BOLSONARO QUER?

O fato é que se Esperidião Amin (PP) for mesmo candidato, em uma chapa com PSDB e PTB, o presidente Jair Bolsonaro terá aliados em pelo menos 4 das 5 chapas que disputam as eleições. Na de Amin, na de Jorginho Mello (PL), na ala de João Rodrigues (PSD) da chapa de Gean Loureiro (UB), e em parte do Republicanos e outros aliados na chapa de Moisés.

Por isto, fica fácil de entender porque o presidente só queria aparecer ao lado do empresário Luciano Hang na “Marcha para Jesus”, em Balneário Camboriú. Ele avalia que escolher um time pode melindrar os outros.

O senador Jorginho Mello (PL), que tem sido um leal defensor do presidente tanto em Brasília quanto em sua pré-campanha em Santa Catarina, não precisaria passar por constrangimentos como este de ter ficado em segundo plano, assim como Jorge Seif (PL) e Daniela Reinehr (PL). Eles precisam focar em suas próprias trajetórias porque o presidente só quer apoio. Apoiar, aí já são outros quinhentos.

 

CHAPA CIVIL X CHAPA MILITAR

Depois de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter anunciado que Geraldo Alckmin (PSB) será seu vice, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta Walter Braga Netto como seu candidato a vice. Ele já havia se afastado do governo no prazo de 6 meses (02/04) antes das eleições para ficar de “reserva” para ser o vice.

Mantida a tendência de termos uma dupla de militares (um capitão e um general). O general Hamilton Mourão (Republicanos) será candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.

 

NOVO NOME DA PETROBRÁS

Caio Mário Paes de Andrade foi nomeado presidente da Petrobrás. Ele foi exonerado do cargo de secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, sob as ordens de Paulo Guedes.

 

NA REPÚBLICA DE CURITIBA

Depois de ter negado seu domicílio em São Paulo, o ex juiz federal e ex ministro Sérgio Moro (União Brasil) aparece na liderança de pesquisa ao Senado pelo Paraná. O ex procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos) também busca vaga na Câmara Federal pelo Paraná.