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Para onde leva a estratégia de Moisés?; de olho no aniversário de João Rodrigues; e muito mais

MOISÉS SE ADAPTOU AO SISTEMA PARA SOBREVIVER, E SOBREVIVEU

O governador Carlos Moisés (Republicanos) entrou na política como candidato em 2018 com sua fala mansa e acabou se consolidando como candidato da onda 17, ainda que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha demorado a definir apoio a ele, já que Gelson Merísio (então no PSD) também havia declarado voto a Bolsonaro ainda no primeiro turno. A análise é simples: a onda 17 colocou Moisés x Merísio no segundo turno, mas o apoio do MDB no segundo turno liquidou a fatura.

Depois de bater cabeça boa parte do governo por falta de identidade política, depois de 2 anos e meio, é que o governador Moisés firmou-se. Especialmente depois de aceitar compor com os partidos da chamada “velha política”.

Júlio Garcia (PSD), então presidente da Alesc, em 2019, em evento da Post TV (Eu Amo Araranguá), havia ensinado que não existe política nova ou velha, mas a má e a boa política. Foi pelas suas mãos que Moisés acabou formando um arco de alianças no parlamento com MDB, PP, PSD, PSD, PL e PT. Praticamente todos se renderam aos encantos do governo e todos foram beneficiados com uma parceria com Moisés, que passou a distribuir muito dinheiro aos municípios.

ESTRATÉGIA: SIGLAS EM SEGUNDO PLANO

Neste novo momento, Moisés conseguiu protelar sua filiação ao Republicanos até 10 de Março. Mesmo com esta filiação, a chamada governabilidade pouco mudou. Apenas o PL, de Jorginho Mello, que passou a cobrar fidelidade dos deputados.

A estratégia de Carlos Moisés de ter um partido menor para puxar uma chapa foi montada na tese de “enfraquecer seus possíveis futuros adversários” ao invés de se filiar-se a algum deles.

O governador “encheu de verbas os cofres dos prefeitos” de todo o Estado e é por aí que ele conta que irá tirar a força de quase todos os partidos. Não será surpresa ver nas eleições coligações expressivas, mas sem apoio de suas lideranças. Prefeitos de MDB, PP, PSD, PSDB, PL, União Brasil, entre outros, que receberam recursos que nunca viram na história, dificilmente irão para rua contra Moisés.

Como Moisés não deverá ter votos da ala bolsonarista, que poderá estar dividida entre uma candidatura de João Rodrigues (PSD) e outra de Jorginho Mello (PL), ele irá precisar de votos pelo especialmente do MDB e do PP, partidos que foram de sua base no governo.

Mesmo com o MDB de vice, que é o que se desenha, e com Republicanos e Podemos, apenas no time, a aposta do governador é de que haverá retribuição política pelas recursos do Estado. A região da Amesc, por exemplo, tem pelo menos 13 dos 15 prefeitos simpáticos à candidatura de Moises.

O tempo irá dizer se a escolha de Moisés pelo caminho mais difícil foi acertada ou equivocada. O fato é que as eleições tem pelo menos 4 frentes com chance de ir para o segundo turno.

SOLIDARIEDADE RECEBE O REFORÇO DE GELSON MERÍSIO

Osvaldo Mafra, presidente do Solidariedade, será o entrevistado desta sexta-feira (25), do Programa Enfoque Político na Post TV.

Ele irá falar sobre os caminhos do partido nas próximas eleições dentro da chamada Frente Democrática, que tem 8 partidos participando das conversações – PSB, PDT, PT, PC do B, PV, Rede Sustentabilidade, PSOL e o próprio Solidariedade.

Na última terça-feira (22), foi efetivada a filiação do ex deputado estadual Gelson Merísio (ex presidente da Assembleia Legislativa e candidato a governador pelo PSD em 2018). A filiação foi feita pelo presidente Mafra com o testemunho de Miguel Padilha, que é presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Alimentação de Santa Catarina, e pré-candidato a deputado federal.

O presidente do Solidariedade diz que a vinda de Merísio é para contribuir com a Frente Democrática.

O partido irá montar chapa para buscar 1 cadeira na Câmara Federal e 2 na Assembleia Legislativa de Santa Catarina.

 

ANIVERSÁRIO DO JOÃO

A construção feita pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que tenta colocar no mesmo palanque União Brasil, Progressistas, PSD e PSDB, é solução política interessante para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e também para os partidos fazerem deputados nas próximas eleições, mas não são, nem de longe uma certeza de que é garantia de vitória nas urnas.  

Festa pelo aniversário de Rodrigues sábado (26) promete ser um grande ato pró-presidente, mas também atraiu a atenção do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), que já avalia estar nesta disputa.

DILEMA DO PP E DO MDB

O maior peso deste projeto seria o de atrair Luciano Hang para o PP e lançá-lo como candidato ao Senado. Tudo certo, o PP passa a ter chances de ter eleito um segundo senador, mas de fora de uma chapa majoritária (cabeça o vice) passa a ter dificuldades de manter o que já conquistou em 2018: uma cadeira ao Senado com Amin, cadeira de federal com Angela Amin, e 3 vagas estaduais (João Amin, mais Zé Milton e Altair Silva). Além de entregar uma cadeira a Hang (que é bolsonarista, não do PP) o partido deixa os prefeitos livres para apoiar Moisés.

Mais coerente seria se aliar a Moisés, em uma chapa Republicanos – MDB – PP, com apoio do Podemos e outras siglas menores. Neste caso, sem Hang.

Já o MDB corre o risco de ter Antídio Lunelli candidato sem ter o partido fechado integralmente com ele. É bom lembrar que em 2018 o MDB formou uma chapa com o PSDB de vice e com o PR (hoje PL) de Jorginho Mello e só este se deu bem.

Jogo aberto! Tudo pode acontecer ainda até as convenções.   

 

ARROIO NO PLANO 1000

O prefeito Evandro Scaini (Republicanos) e o vice Carlos Scarsanella (Republicanos), junto com 4 vereadores de seu grupo político, assinaram o Plano 1000 e se credenciam para receber 20% do valor que o município tem direito em 5 anos.

 

CRIADO O PODEMOS

Na noite de quarta-feira (23) lideranças de Maracajá formaram a Comissão Executiva Provisória, que ficou assim formada: Paulo Sérgio dos Santos Coelho (Presidente), Silésio Pedro Gonçalves (2º Vice-Presidente); Celio Gonçalves (1º Secretário), Jeverson Cleston Luis (Tesoureiro Geral), José Carlos Cichella (1º Vice-Presidente), Geraldo Leandro (Secretário Geral) e Marcia Hends Delfino Leandro (2º Secretário).

Chamou atenção a presença de lideranças expressivas como os vereadores João Rocha (PSDB) e Alex Cichella (PSD), ex vereadores Fabricio de Oliveira (PSD) e Nego da Fruteira (MDB), Dilnei Pelegrini – presidente da Apae, entre outras.

SÓ PARA 2023

Os vereadores Danilson “Gufa” Barboza (PP), José Eraldo “Peri” Soares (PP) e Dion Elias (PP) pediram recursos para ao deputado estadual Zé Milton (PP) recursos para a rua Valdir Tuon, no bairro Raizeira, em Sombrio. Ouviram que não tem mais como fazer emendas este ano.