Dois dias após o início do incêndio que atinge a área de turfas em Araranguá, o Corpo de Bombeiros da região da Amesc divulgou, nesta terça-feira, dia 16, uma nota esclarecendo alguns pontos do caso.
De acordo com o documento, o fogo fica abaixo da superfície, nas turfas, que são resultado da decomposição de material orgânico e por isso, muito inflamáveis. “Esse incêndio queima de 1 a 2 metros abaixo do solo. É muito difícil combater esse tipo de incêndio, pois existe uma camada de terra por cima. Ou seja, a queima ocorre por baixo, tornando o local de difícil acesso, não sendo possível chegar com o caminhão e realizar o combate direto”, diz a nota.
Os pontos de incêndio estão sendo monitorados pelo Corpo de Bombeiros, que visita a área frequentemente para garantir a segurança do local. Segundo a nota, no entanto, não há moradias por perto ou qualquer estabelecimento que corra riscos.
A guarnição se serviço não está constantemente na área, para não prejudicar o atendimento de outras ocorrências.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Araranguá e região, Capitão Vinícius Marcolin, não há previsão para a extinção do fogo, e a esperança é que chova nos próximos dias para inundar e apagar os focos no local. “A estratégia que adotamos é isolar qualquer local onde o incêndio possa chegar, e monitorar. Temos contato direto com a Defesa Civil e temos informação de que nesta quarta-feira haverá incidência de chuva e isso vai acabar”, explica.
Ainda não foi definido como o fogo começou, mas o Capitão acredita que tenha sido através de um incêndio em vegetação na superfície, beneficiado pelo tempo seco.
Fumaça densa
Moradores do município estão, desde a manhã de domingo, sofrendo com a densa fumaça que cobre Araranguá. Muitos estão tendo sintomas como ardência na garganta, tosse seca, ardência nos olhos e dificuldade para respirar.
O capitão Marcolin aconselha os moradores a manterem as janelas fechadas, apesar de, mesmo com o desconforto, não haver risco para a saúde da população.
