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OS MOVIMENTOS DO GOVERNADOR MOISÉS; DEPUTADO ENTRE PL E PP; SEGURANÇA NA GAIVOTA

GOVERNADOR MOISÉS E SEU MOMENTO POLÍTICO STAND BY

Depois das trapalhadas políticas em que se envolveu, quando foi atrás do Republicanos e do Podemos lá pelo ‘andar de cima’ e desagradou ambos os partidos nas bases catarinenses, esta etapa parece estar superada pelo govenador Carlos Moisés da Silva (sem partido). Ele de fato deixou o tema eleições para 2022.

E foi o certo a se fazer, para evitar encrencas com os aliados da larga base política na Assembleia Legislativa, e também para esperar as definições de Brasília, já que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não se definiu entre Progressistas, PL, Republicanos e PTB (com chances mais remotas).

De fato, a filiação do presidente para disputar a reeleição interfere diretamente no mapa político catarinense.

 

FATOR BOLSONARO 1

Se a escolha for o PP, ela empurra o senador Esperidião Amin (PP) para ser candidato a governador e pode dividir o palanque bolsonarista com Jorginho Mello (PL). Isto empurraria Moisés do PP e o aproximaria mais do MDB.

Se Bolsonaro escolher o PL, aí o PP teria dois caminhos mais prováveis: fechar aliança com o PL e ceder o vice, que poderia ser o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP); ou fazer o que os prefeitos do PP mais desejam, que é filiar Moisés para ser seu candidato.

Este é também o desejo do grupo governista, que tem Zé Milton, Altair Silva e Silvio Dreveck – suplente que fica no cargo até 6 meses antes das eleições, quando o titular volta a ser deputado.

 

FATOR BOLSONARO 2

Caso o presidente não escolha o Republicanos ‘para chamar de seu’, mantem-se a possibilidade de filiação de Moisés no partido em seu projeto de reeleição. Neste caso, a aproximação mais natural seria com o MDB, mas as portas se manteriam abertas ao PP, para o caso de o PL ser o abrigo do presidente.

 

LONGE DE MOISÉS

Apesar de afagos de lideranças de PSD e PSDB ao governador Moisés, ambos os partidos tem caminhos próprios a seguir. O PSD tem que buscar palanque para Rodrigo Pacheco se sua candidatura emplacar, assim como o PSDB de Eduardo Leite e João Dória. O PSD tem pelo menos 3 nomes para governador ou vice, e o PSDB trabalha por Gelson Merísio.

O mesmo deve acontecer com o Novo Brasil (PSL-DEM), do prefeito Gean Loureiro, que tem Luiz Henrique Mandetta (Novo Brasil) como pré-candidato; e com o Podemos, que está prestes a filiar Sérgio Moro, e quem tem o prefeito Fabrício Oliveira como pré-candidato a governador.

 

OS TROPEÇOS

Se Carlos Moisés (sem partido) parece ter acertado em voltar para o modo standy by, por ora, os aborrecimentos de ser governo (que não é só bônus) começam a atrapalhar. Algumas tropeçadas na execução das ações governamentais atrapalham os planos do governador.

 

FATOR MDB

O manual maquiavélico (no livro ‘O príncipe’) ensinava que as medidas ruins deveriam ser implantadas no início dos governos e as boas ao longo do período. A ideia é que a memória de longo prazo das pessoas acaba se esvaindo e sobra aquilo que se apresenta por último.

O problema é que o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) não sonhava vencer as eleições. Ao menos não antes do segundo turno, quando os votos do MDB debandaram para o ex azarão. O fator ‘onda Bolsonaro’ colocou Moisés no segundo turno, e o fator ‘apoio MDB’ ajudou a consolidar a vitória.

Desde o início do governo, o MDB foi o partido que mais se aproximou do conceito de se chamar aliado. Em alguns momentos deixou até de votar com o governo, mas nas horas mais difíceis foi fundamental em votações cruciais.

 

REVÉS MOISELISTA

Uma articulação que tem a digital de Júlio Garcia (PSD) acabou fazendo com que o governador conquistasse uma base sólida. Mesmo assim, em momentos como o da votação do projeto que iria beneficiar servidores públicos e comissionados com aposentadorias especiais, a condução foi tão atrapalhada que o Governo levou um 20 x 14 na hora da votação. O próprio líder do governo, Zé Milton (PP), alegou que houve falta de comunicação com os deputados.

 

AS DERRAPADAS

Ações que poderiam render frutos políticos para o governador também já geram questionamentos.

Foi o caso do piso de R$ 5 mil para os trabalhadores da Educação, que é questionado porque é considerada uma complementação e não salário para os profissionais ACTs.

Além do que, a Reforma da Previdência levou parte dos recursos dos profissionais da educação em descontos para a Previdência.

O governador anunciou que iria mexer na carreira do Magistério e apresentou isso como um trunfo, mas houve um levante e o projeto irá passar por uma revisão.

O setor da Segurança Pública também não está satisfeito com o tratamento dado pelo Governo Moisés.

A mais recente derrapada foi o adiamento das provas do Processo Seletivo para ACT da Educação, por excesso de inscrições e desistência do Instituto Selecon.

 

OS CAMINHO DE DANIEL

O deputado federal Daniel Freitas (PSL), no Parlatório de segunda-feira (1º), disse que espera ser lembrado nas urnas pela sua atuação em defesa do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Disse que está próximo de se filiar ao PL ou PP, mas aguarda a definição do presidente, que pode se filiar ao PP ou PL (e o Republicanos em menor chance).

Freitas aponta Jorginho Mello (PL) como o nome do presidente e que gostaria de ter Luciano Hang como nome para o Senado.

Fez uma aposta de que se o PTB se afastar de Bolsonaro, nem Felipe Estêvão, Jessé Lopes e Ana Campagnolo ficariam no partido.

Disse ainda que não teria problema se ser candidato a federal ao lado de Julia Zanatta (PL) ou mesmo de Valmir Comin (PP).

 

RONDA COM MOTOS

O prefeito Everaldo “Kekinha” dos Santos (PSDB) se reuniu com empresários e apresentou alternativa para reforçar a segurança pública em apoio às polícias Militar e Civil, para diminuir o número de ocorrências de pequenos furtos, vandalismo nas praças e equipamentos de lazer do município.

O município irá implantar um serviço de Ronda Municipal, aparelhada com 10 motocicletas para dar suporte ao grupo que vai fazer um roteiro pelo município 24 horas por dia.

A ideia foi apresentada a empresários do comércio e setor imobiliário, e representantes da ONG “Turma do Bem” e do projeto Adote Uma Passarela.

Kekinha irá apresentar o projeto ao Ministério Público e buscar parceria com os órgãos de segurança para aquisição dos veículos e encaminhar o projeto à Câmara de Vereadores.