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Trabalhadores do Samu ameaçam entrar em greve

Os cerca de 170 trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da região de Criciúma e Araranguá podem paralisar suas atividades nos próximos dias. Os profissionais alegam estar sem pagamento do 13º salário, férias, sem material para prestar os serviços e com condições precárias de trabalho, entre outros problemas, conforme explica o diretor do Sindisaúde, Cleber Ricardo da Silva Cândido. “A gente tem dificuldade de equipamentos, de seringas, por exemplo, que tem que pedir emprestado. Está bem precário”, diz.

Ainda segundo ele, os trabalhadores se sentem desvalorizados por não serem ouvidos e terem que enfrentar ainda mais perigos em seu trabalho após a chegada do coronavírus. “O sentimento é de desvalorização, o sentimento é de que de nada adianta toda a situação que tá no país, de valorização dos profissionais de saúde. No caso do Samu, atendemos várias emergências, várias ocorrências, expostos ao vírus, então está bem complicada a situação”, pontua.

A administradora do serviço é a Organização Social Ozz Saúde, que não discute os termos com o sindicato, apesar de firmar outros contratos com o governo do estado. “Estamos aguardando algum retorno da empresa, que diz que o contrato está deficitário, e por isso não está conseguindo arcar com as despesas. Mas o que mais intriga a gente é que eles firmaram um novo contrato com o estado para administrar as aeronaves da saúde, e firmaram o contrato da administração do Samu para mais um ano. Porém, não respondem as questões sobre reajustes”, conclui.

A OZZ tem até a próxima sexta-feira para se manifestar. Caso isso não ocorra, na segunda-feira haverá mobilização dos trabalhadores e provável greve.