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Covid-19 muda rotina em lavanderia de roupas hospitalares em Timbé do Sul

“Se a gente parar, os hospitais param”, diz Daniel Varnier, sócio de uma lavanderia especializada na lavagem de roupas e itens de cama e banho de hospitais, além de trajes utilizados pelos profissionais de saúde. Segundo ele, a empresa é a única desse porte no sul de Santa Catarina.
Todos os dias, cerca de uma tonelada de peças chega ao local, onde os 9 funcionários e as máquinas trabalham para lavar, secar e passar tudo com muito cuidado para evitar contaminações. 
Apesar de todo o trabalho que a pandemia trouxe aos serviços de saúde, o movimento não aumentou na lavanderia, já que procedimentos cirúrgicos, por exemplo, foram cancelados. “Achamos que ia aumentar, mas não chegou ao volume em que estávamos esperando”, comenta.
As máquinas trabalham em um sistema de barreira em que as roupas entram de um lado e saem no outro já lavadas, de modo que quem trabalha na ‘área limpa’, não tem acesso à ‘área suja’, evitando assim que haja alguma infecção. Esse sistema já existia antes da pandemia e funciona mesmo após a chegada das primeiras peças usadas no combate à doença, visto que nenhum funcionário foi diagnosticado com Covid-19 até o momento. “Já vem nas embalagens de produto infectado, então a gente já lava tudo em processo superpesado, só tira das embalagens, separa e coloca lavar”, explica.
Nesse processo superpesado, as peças são lavadas com água e produtos químicos a cerca de 60°C de temperatura, o que extingue qualquer contaminação. Daniel ainda lembra que a Covid-19 é apenas uma das muitas doenças que podem ser transmitidas caso não haja um trabalho cuidadoso dentro da lavanderia.
Os protocolos para os funcionários também mudaram para reforçar o combate ao coronavírus. “Desde a parte da área suja, a gente tomou as devidas providências. O pessoal chega, toma banho, faz sua higiene pessoal, os uniformes são lavados aqui, todos usando máscara… São os cuidados básicos”, conta.
A empresa dispõe de quatro máquinas de lavar, três secadoras, além de uma máquina passadeira. Isso dá uma capacidade de trabalho de 6 mil quilos de peças. “Ainda podemos fazer três turnos. Tem capacidade para muita roupa”, conclui Daniel.
A lavanderia é uma das primeiras empresas a se instalarem na área industrial de Timbé do Sul, e espera que, com a passagem da pandemia, a rotina possa voltar ao seu normal, assim como uma roupa recém-lavada.