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Número de desempregados aumento 16% em junho

A taxa de desocupação no país avançou de 10,7% para 12,4% na passagem de maio para junho, atingindo 11,8 milhões de pessoas. O número representou um crescimento de 16%, com mais de 1,7 milhão de trabalhadores sem emprego.

A pandemia ainda foi o principal motivo apontado para que a população fora da força de trabalho não procurasse uma colocação. Mais de 17 milhões de pessoas que gostariam de trabalhar não procuraram trabalho em função do novo coronavírus ou falta de oportunidade na região. Os dados são da Pnad Covid mensal, divulgada nesta quinta-feira (23) pelo IBGE.

A pesquisa mostra que caiu em 24,9% a quantidade de pessoas afastadas do trabalho devido às medidas de distanciamento social impostas pela pandemia. Mas 14,8 milhões ainda estavam longe de suas atividades laborais, 20% delas no Nordeste, região com a maior porcentagem de afastamento.

Cerca de 48% desses trabalhadores, ou mais de 7 milhões de pessoas, não tinham remuneração em junho. Em maio, esse número era de mais de 9 milhões de pessoas sem receber salário.

Entre aqueles trabalhadores não afastados, 8,7 milhões estavam atuando de forma remota no mês passado, com a região Sudeste liderando esse quadro.

A coordenadora da Pnad Covid-19, Maria Lucia Vieira, destaca que os indicadores mostram que o peso da pandemia sobre o mercado de trabalho diminuiu no mês de junho e indicam que pode haver aumento da desocupação com o fim da emergência sanitária.

Em Santa Catarina o aumento no número de desempregados foi de 8,6%. Ainda assim, o estado apresenta o melhor desempenho do Brasil.