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Situação da Ufsc é debatida na Alesc

As dificuldades enfrentadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) devido ao bloqueio de recursos do orçamento da instituição, foram discutidas em uma audiência na última segunda-feira, dia 16, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a Alesc

Dentre os participantes estavam professores, estudantes e gestores, que lotaram o auditório do parlamento para participar da atividade realizada pela Comissão de Educação do legislativo estadual, e manifestaram preocupação com a garantia de verbas para o funcionamento dos cursos e serviços da universidade. A preocupação se deve ao contingenciamento de mais de R$ 40 milhões dos cerca de R$ 145 milhões destinados à entidade por parte do governo federal.

Segundo Alacoque Erdmann, vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina, as ações que poderiam ser tomadas para evitar ainda mais prejuízos na Ufsc, já foram postas em prática. Victor Klauck, coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes da Ufsc, também disse estar preocupado com as ações do governo, que podem piorar a situação da entidade no ano que vem. O Future-se, plano do governo para remodelar a gestão das universidades, também foi questionado. Bebeto Marques, presidente do Sindicato das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), defende que o plano precisa ser debatido porque representa uma política de privatização. 

A audiência resultou em uma série de encaminhamentos que deverão ser entregues à universidade e à bancada catarinense no parlamento nacional. Dentre as propostas estão a restituição dos valores contingenciados este ano, além da revisão da previsão do orçamento para 2020, fim do Future-se e reajuste das bolsas de doutorado e mestrado. O novo debate acontece nesta quarta-feira, dia 18, uma audiência pública para debater um projeto bastante polêmico que tramita na Alesc. A proposta, do deputado estadual Jessé Lopes(PSL) pede para que seja obrigatório um exame toxicológico para os alunos de universidades públicas estaduais de Santa Catarina.

As entidades também seriam obrigadas a implementar programas de prevenção ao uso de drogas. A reunião está marcada para as 19h, dentro da Comissão de Direitos Humanos.