Um áudio de um minuto e 48 segundos está circulando nos grupos de Whatsapp e levando medo e insegurança a muita gente. Na mensagem, alguém alerta para um temporal que deve ocorrer “entre hoje e amanhã”, sem especificar que dia de que mês seria este, na região de Torres e litoral de Santa Catarina. Também é dito no áudio que um instituto de meteorologia estaria dando alerta junto com uma equipe norte-americano sobre um ciclone que poderia a se tornar um furacão. “A possibilidade de termos um outro Catarina, é um risco muito grande”, diz o narrador, lembrando do ciclone que atingiu o litoral do estado em março de 2004. Na mensagem ainda é aconselhado que as pessoas se preparem para fortes ventanias “fechando as casas e recolhendo o que tiver para recolher”.
Em contato com o coordenador regional da Defesa Civil do extremo sul, Sebastião Antônio de Souza, ele disse que uma outra gravação, do mesmo tipo, já circulou na região há alguns meses, mas que não há qualquer alerta de tempestade no momento. “Recebemos outro áudio há algum tempo e provavelmente é o mesmo desse. Há uma previsão de frente fria, que deve vir com chuva, granizo e temporal, mas previsão de ciclone, não temos nada”, explica.
Ainda segundo ele, essas fake news se espalham porque muitas pessoas não prestam atenção às mudanças climáticas que ocorrem com frequência nesta época do ano. “Temporais no fim da tarde são normais, e alguma ventania localizada não pode ser prevista no exato lugar onde acontece”, comenta.
Por fim, ele aconselha que, sempre que surja qualquer mensagem parecida com esta, é importante que as pessoas se informem onde é correto. “Nós sempre questionamos à secretaria estadual de Defesa Civil sobre essas mensagens, se há alguma previsão, e quando há, a Epagri Ciram emite alerta. É importante ir às redes sociais dos órgãos oficiais e pesquisar nos sites”, completa.
Assim como o áudio de Torres, outra mensagem, desta vez escrita, também está nas redes sociais, espalhando temor na população que, muitas vezes, não sabe em quê acreditar.
Descrição da escala de cores da Imagem de Satélite:
| Cores | Temperatura do topo da nuvem |
Altura do topo da nuvem (aproximada) |
| Preto | – | – |
| Cinza e Branco | 40°C a -45°C | Superfície até 8km |
| Verde | -45°C a -65°C | Entre 8km e 12km |
| Vermelho | -65°C a -75°C | Entre 12km e 15km |
| Azul | -75°C a -85°C | Acima de 15km |
O preto indica a ausência de nebulosidade e, quanto mais destacado, menor a umidade relativa do ar.
O branco e cinza estão associados à presença de nuvens baixas, as quais podem estar muito próximas à superfície, como os nevoeiros e as nuvens stratus que, por vezes, podem resultar em chuvisco.
O verde está relacionado a nuvens médias e altas, com topos em altitudes superiores a 10km. As médias, como os altocumulus, altostratus e nimbustratus, podem provocar chuva fraca ou moderada. As nuvens altas, como os cirrus, cirrucumulus e cirrustratus, são transparentes e não provocam chuva e nem sombreamento intenso.
O vermelho e o azul indicam a presença de nuvens do tipo cumulunimbus, de grande desenvolvimento vertical e atividade chuvosa intensa.
No caso do azul, maior é a altura do topo da nuvem e grande a chance de ocorrência de granizo e temporal.
