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DNIT realiza atividades educacionais sobre turismo sustentável

Série de palestras realizadas pelo DNIT discutem questões atreladas ao turismo sustentável

O crescimento da atividade turística é um dos benefícios esperados com as obras de implantação e pavimentação da BR-285/RS-SC, entre São José dos Ausentes-RS e Timbé do Sul-SC, empreendimento inserido em região de rica biodiversidade. Mas qual tipo de turismo relacionado à natureza se espera atrair? É possível explorar o patrimônio natural de forma sustentável? Estas e outras questões foram debatidas com alunos do Ensino Médio em uma série de palestras realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT/SC), por meio da Gestora Ambiental (STE S.A.), nos dias 1º e 2 de outubro, em Timbé do Sul.

A equipe do Programa de Educação Ambiental partiu da caracterização da Mata Atlântica, bioma que se estende por grande parte da costa brasileira e abriga ampla biodiversidade de espécies. Ao mesmo tempo, lembrou o educador ambiental Cauê Canabarro, é um dos ecossistemas que mais sofre com a degradação devido aos ciclos econômicos da história do país. Foram então abordadas as políticas públicas que visam conservar esses ambientes e mencionadas algumas das medidas mitigatórias executadas nas obras da BR-285/RS-SC. Para enfatizar os cuidados com animais silvestres, foi exibida a reportagem em vídeo produzida a partir de imagens de armadilhas fotográficas instaladas nas passagens de fauna.

O educador chamou a atenção para outras atividades que, mesmo proibidas por lei, se efetivam na prática e causam tanto ou mais impactos quanto alguns empreendimentos humanos. Um exemplo é a caça ilegal. “Com a perspectiva de atividade intensa de turismo na serra é fundamental discutir qual o tipo de turismo que Timbé do Sul vai atrair. Se é o predatório, que deixa um rastro de degradação, ou um turismo de base sustentável que seja aliado da conservação ambiental e que também deixe para comunidade uma possibilidade de desenvolvimento socioeconômico”, questionou.

A equipe reforçou que fora dos muros da escola a discussão deve ser exercitada por quem tem legitimidade para isso, ou seja, os próprios moradores. O papel da Educação Ambiental no contexto da gestão ambiental, conforme a lei 9.795 de 1999, é fomentar processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas à conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.