O QUE BARRA A BARRAGEM?
A construção de uma barragem na comunidade de Rio do Salto, em Timbé do Sul, que atinge diretamente a comunidade de Areias Brancas, e consequentemente toda a região em caso da execução da obra. O que se vê até os dias de hoje nos locais desapropriados para dar lugar a esta obra esperada há 30 anos, é um cenário desolador. O local era próspero, tinha agricultura, olarias e outros negócios, que foram simplesmente abandonados há décadas.
Se não era para sair a obra com certa agilidade, não era preciso acabar com a história daquela região. Agora é hora de parar de “chorar pelo leite derramado” e fazer a obra sair do papel. Muitos políticos fizeram propaganda em cima desta obra, reuniões e reuniões foram feitas e nada. Ficou só no papel.
O problema é que os governos não conseguem cuidar nem das pequenas barragens existentes, como a do Tenente, que está carente de reparos (já foi tema de reportagem do Jornal Enfoque Popular).
Há sim um temor por parte de habitantes que vivem na rota da futura barragem, que o ‘país do jeitinho’ faça uma obra de grande porte e não consiga cuidar bem dela.
MINOTTO ‘ABRE ALAS’
Depois de outras terem tentado sem sucesso conseguir garantir a obra, agora é a vez de Arlindo Rocha (sem partido), prefeito de Maracajá e presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), tentar destravar o tema. Se conseguir vai para a história.
Lale foi nesta quinta-feira (18) até a presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos, acompanhado dos vereadores Prezalino “Preto” Ramos Neto (PSDB) e Fabrício Estevan de Oliveira, o Fabrício do Quina (PSDB), e o superintendente regional da Casan Sul/Serra, Gilberto Benedet Junior.
Quem fez a frente foi o deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT), atual 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa, que hoje é um dos deputados com mais proximidade do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), e de quem o prefeito Lale anda bastante próximo. Seria o indicativo de que Lale está mesmo com a ficha de filiação para assinar com o PDT?
OBRA DE GRANDE PORTE
A construção da Barragem do Rio do Salto, em Timbé do Sul, está orçada em aproximadamente R$ 100 milhões, ocupa 510 hectares, terá 25 metros de altura e capacidade de 43 milhões de metros cúbicos de água.
Pelos menos outros 5 municípios devem ser beneficiados com a água desta barragem: Turvo, Meleiro, Ermo, Morro Grande e até mesmo Araranguá, especialmente para uso da agricultura. Uma chance de reduzir a sequeira dos rios da região.
No final do primeiro mandato de Raimundo Colombo (PSD), quando Dalírio Bebber (PSDB) comandava a Casan, o governo conseguir pagar um lote de indenizações, e alguns proprietários preferiram discutir na Justiça.
NOVA CAÇA AO DINHEIRO
Assim como a Serra da Rocinha, e seus muitos capítulos, a Barragem do Rio do Salto está no mesmo município, Timbé do Sul.
Pelo que foi dito na região, a diretoria da Casan vem ao Sul do Estado dia 9 de agosto, às 14h, para um “téte a téte” com os prefeitos da Amesc. Sem querer ser pessimista, isto vem acontecendo sistematicamente nos últimos governos. A Casan irá dizer em que pé estão os trâmites para que a barragem saia do papel e vire obra de fato.
A barragem chegou a ter recurso no orçamento do Estado, mas a burocracia impediu que ela virasse realidade, bem lembrou Minotto.
De acordo com Lale, a Casan fez os projetos, as licenças ambientais e as indenizações de quem tinha imóveis no caminho da obra, agora depende da força política da região para reunir autoridades do Sul do Estado e traçar um plano de busca de recursos, principalmente, no Governo Federal.
CASAN E A CONCESSÃO
O prefeito Lale Rocha aproveitou a reunião com Roberta dos Anjos falar dos termos da pactuação do novo contrato da Casan com o município de Maracajá.
“Há um avanço para o município nas tratativas para firmamento deste novo contrato. São contrapartidas como a recuperação de vias, aumento da extensão de rede de água, esgoto sanitário, enfim, avanços que Maracajá está tendo através desta negociação”, aponta.
O prefeito está usando de tática semelhante a utilizada com as pedreiras. A diferença é que estas levam dinheiro e agridem o meio ambiente. Já a Casan é uma autarquia estadual que lucra, mas que não leva estes dividendos para a iniciativa privada.
Lale aproveita o momento em que se abriu uma brecha e praticamente todo os municípios em que a Casan tem a concessão da água, estão fazendo debates para ganhar contrapartidas.
MOURÃO AQUI
O deputado federal Daniel Freitas (PSL) irá acompanhar, nesta sexta-feira (19), a visita do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB) – a figura mais lúcida do atual governo, que fará uma palestra na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina – FIESC, em Florianópolis, a convite da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), inaugurando a série de encontros do projeto “Momento Brasil”.
Durante o evento, que reunirá lideranças políticas e empresariais do Estado de Santa Catarina, Mourão fará uma análise das reformas estruturais tencionadas pelo governo do Presidente Jair Bolsonaro (PSL), com vistas à retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento do país.
VESTIBULAR DA UFSC
A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulga nesta sexta-feira (19), às 15h, em evento realizado na Sala dos Conselhos da Reitoria do Campus Florianópolis, no bairro Trindade, o resultado e os números do Vestibular 2019-2. Presença do reitor, Ubaldo Cesar Balthazar, e da presidente da Coperve, Maria José Baldessar. Após o anúncio, a lista dos aprovados será publicada na página do concurso, no endereço vestibular20192.ufsc.br, às 15h30.
MEDICINA: 85 POR VAGA
No campus Araranguá, as opções eram Engenharia da Computação, Engenharia de Energia, Medicina e Tecnologias da Informação e Comunicação. O curso de Medicina do Campus Araranguá foi o mais procurado no Vestibular 2019.2, com 5.151 inscritos para 60 vagas, totalizando uma concorrência de 85,85 candidatos por vaga. As provas foram realizadas nos dias 6, 7 e 8 de julho, nas cidades de Araranguá, Blumenau, Chapecó, Criciúma, Curitibanos, Florianópolis, Joinville e Tubarão.
PM REDUZ ALTURA
Alesc aprovou o projeto de lei que diminui em cinco centímetros a altura mínima para quem deseja entrar na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Na proposta do deputado estadual Marcius Machado (PR), o texto estabelece que a estatura mínima dos candidatos será de 1,55 m para mulheres e 1,60 m para homens. A nova regra precisa da sanção do governador para começar a valer.
